Prefeitura, empresas e universidades traçam estratégias para o Parque Canoas de Inovação

Por Stephany Foscarini

A Prefeitura de Canoas promoveu, na última sexta-feira (29), um encontro para discutir a retomada do desenvolvimento do Parque Canoas de Inovação (PCI). Realizado no auditório Sady Schwitz, o evento reuniu representantes das universidades sediadas no município – La Salle, Ulbra, Uniritter e Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do RS (IFRS), além de empresários que atuam no PCI e entidades da sociedade civil.

Com uma área de 250 hectares, no Bairro Guajuviras, planejada pelo arquiteto e urbanista Jaime Lerner, o empreendimento foi concebido como um cluster de empresas voltado aos segmentos de tecnologia, inovação, pesquisa e desenvolvimento. Atualmente, três indústrias da área tecnológica já estão instaladas – Exatron, Novus e TCS. O próximo empreendimento a operar no local será O Quântico, que está investindo R$ 400 milhões na implantação do maior data center do sul do país. Outras dez empresas seguem em tratativas com a Prefeitura de Canoas para ter sede no parque.

Saio daqui bastante impressionado com a disposição de todos para que o parque avance e possa alavancar o desenvolvimento da nossa cidade”.

Na oportunidade, o vice-prefeito, Nedy de Vargas Marques, falou do seu entusiasmo com o futuro do PCI. “Todos sabem que, em 2009, o prefeito Jairo Jorge idealizou o Parque Canoas de Inovação. Mas o governo que o sucedeu fez com que ele ficasse estagnado. Hoje, saio daqui bastante impressionado com a disposição de todos para que o parque avance e possa alavancar o desenvolvimento da nossa cidade”, destacou.

Se nós não trabalharmos em conjunto – poder público, universidades e empresários, não vamos fazer com que o parque tome o destino que a gente quer, que é contribuir com o crescimento de Canoas”.

Desde que assumiu a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Inovação (SMDETI), no início do ano, Simone Sabin tem concentrado esforços para a expansão do projeto. Segundo ela, o objetivo da Prefeitura é ampliar o número de empresas instaladas e atrair as universidades para fomentar o desenvolvimento do local. “Se nós não trabalharmos em conjunto – poder público, universidades e empresários, não vamos fazer com que o parque tome o destino que a gente quer, que é contribuir com o crescimento de Canoas. Por isso, o encontro de hoje, reunindo todos os envolvidos, foi uma ação fundamental para marcar a retomada do projeto”, ressaltou a secretária.

Integração pelo desenvolvimento

O PCI deverá estimular a transferência de tecnologia tanto das empresas instaladas quanto de universidades e centros de pesquisa, que devem funcionar no local, criando um polo de inovação e desenvolvimento para Canoas. Para Giovani Machado, coordenador da La Salle Tech, incubadora tecnológica da Universidade La Salle, o evento serviu para ouvir os planos do governo e para colocar a expertise da universidade à disposição. “É importante ter esse feedback para saber se realmente a coisa iria andar. E, percebemos que a Prefeitura está mobilizada para que o projeto evolua. Nós, enquanto universidade – ensino, pesquisa e extensão, entendemos que podemos contribuir muito. Ficamos impressionados com o que a gente viu hoje e temos a certeza que o projeto vai pra frente”, declarou.

O CEO da Novus, Marcos Dillenburg, que discursou representando os empresários, comemorou a intenção da Prefeitura de unir esforços pelo futuro do empreendimento. “Eu vejo com uma tremenda satisfação essa iniciativa da Prefeitura de retomar o PCI, que, por alguns anos, ficou parado. Desde que nós nos instalamos ali, em 2018, tivemos pouca evolução. Agora, estamos vendo isso se reativar em prol do município. Porque tudo que queremos aqui é promover Canoas como uma cidade inovadora”, enfatizou.

Governança compartilhada

O próximo passo para a retomada do PCI é criar uma área destinada à administração do parque, a ser compartilhada entre poder público, empresas e universidades, criando um ambiente de gestão, interação e inovação, propício ao desenvolvimento.

Empresas em funcionamento

Novus – Primeira empresa a se instalar no PCI. Investiu R$ 20 milhões na área que totaliza 5.462,11 metros quadrados. Com 140 funcionários, é uma indústria eletrônica com foco no desenvolvimento, fabricação e comercialização de instrumentos eletrônicos de medição e controle, principalmente de temperatura, com aplicações em laboratórios e indústrias.

Exatron – Segunda empresa a fixar sede no parque. Com 160 colaboradores, investiu R$ 25 milhões na área que possui 11 mil metros quadrados e já trabalha na produção de linhas elétricas e de automação residencial.

TCS/FKS – Terceira empresa a se instalar no local. Com área de 1.000 metros quadrados de instalações e cerca de 100 colaboradores, a FCS/FKS está entre os cinco maiores fabricantes de sistemas eletrônicos de segurança automotiva do Brasil. É fornecedora de produtos tanto para mercado de autopeças e acessórios no país quanto para o exterior. Também atua na área de segurança patrimonial

Próximas empresas a se instalar

O quântico – empresa de armazenamento de servidores e dados que vai construir um data center de 24 mil metros quadrados, com um investimento de R$ 400 milhões. Será a mais segura infraestrutura de tecnologia da informação no Brasil. As obras já começaram e a primeira edificação deve ser concluída neste ano, com a inauguração prevista para 2022. Serão cinco conjuntos para data hall, prédio administrativo e subestação própria de 230 kV.

D loja virtual – Consultoria especializada em lojas virtuais e e-commerce para pequenas e microempresas

Full Gauge – Empresa que atua na produção de instrumentos digitais para sistemas de automação industrial, comercial e residencial, oferecendo soluções para refrigeração, aquecimento, climatização e aquecimento solar.

Foto: Divulgação | Fonte: Assessoria
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