Pesquisa revela os efeitos psicossociais na população durante a pandemia

Por Gabrielle Pacheco

Uma pesquisa realizada pela Universidade Feevale busca compreender os efeitos psicossociais gerados nas pessoas durante a pandemia. O estudo O isolamento social e os efeitos causados na população está sendo desenvolvido pelas professoras Sabrina Daiana Cúnico e Carmen Regina Giongo, do curso de Psicologia (graduação e mestrado), e pela acadêmica Diana Flores, do curso de Psicologia, que atua como auxiliar de pesquisa no projeto.

Até o momento, o projeto conta com a participação de 430 voluntários, entre homens e mulheres, com idades entre 18 e 70 anos, que responderam a um questionário on-line disseminado nas redes sociais. O estudo, em fase inicial, revela que 89,2% dos participantes concordam com a ideia de que o isolamento social pode diminuir os danos causados pelo novo coronavírus. No entanto, apenas 47% das mulheres e 41,1% dos homens estão conseguindo manter o distanciamento, sendo que 56,8% estão saindo uma ou duas vezes de casa durante a semana.

O projeto também observa os impactos causados à saúde mental da população. Nesse contexto, 63,5% das pessoas responderam que estão angustiadas, 36,9% irritadas, 33,8% nervosas e 25,2% tristes. Esse sofrimento faz com que 36,2% dos voluntários tenham insônia, 34,8% dor de cabeça, 32,2% inquietação e 26,1% vontade de chorar.

Para a pesquisadora Sabrina Cúnico, a rápida propagação da Covid-19, juntamente com a lotação dos hospitais, trouxe impactos na saúde pública e demandou mudanças drásticas no funcionamento dos serviços de saúde e nos modos de convívio e práticas sociais. “Os resultados encontrados, ainda que preliminares, apontam para a importância de se colocar em prática planos governamentais de enfrentamento ao novo coronavírus que priorizem também questões de saúde mental em suas ações”, destaca.

Foto: Divulgação | Fonte: Assessoria
Publicidade

Você também pode gostar