Pedidos de recuperação judicial caem 1,5% em 2019

Por Gabrielle Pacheco

De acordo com o Indicador Serasa Experian de Falências e Recuperações Judiciais, os pedidos de recuperação judicial tiveram queda de 1,5% na variação acumulada entre janeiro e dezembro de 2019. Foram 1.387 requisições, ante 1.408 registradas no mesmo período de 2018. O maior volume de pedidos foi registrado pelo setor de serviços, com 598 solicitações. Comércio, com 349, e indústria, com 271, aparecem na sequência, junto do setor primário.

Na análise por porte, as micro e pequenas empresas lideraram as requisições (851) em 2019, volume menor do que o registrado nos anos anteriores. O movimento foi seguido pelas médias empresas, que tiveram 309 solicitações no ano anterior, ante 327 em 2018 e 357 em 2017. Já as grandes empresas apresentam alta no total de pedidos no comparativo ano a ano, com 227 em 2019.

Segundo o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, a queda nos pedidos de recuperação judicial reflete a melhora na economia em 2019, reforçada pelas consecutivas reduções nas taxas de juros. “O crescimento das grandes empresas vai na contramão da tendência geral por conta de pedidos específicos de empresas relevantes dos setores de construção civil e editorial. Se não essa questão, os pedidos teriam caído também”.

No mês de dezembro, os pedidos de recuperação judicial tiveram alta de 7,2% com relação ao mesmo mês do ano anterior (119 pedidos ante 114), impulsionado pelas micro e pequenas empresas (83). O segmento de serviços apresentou maior volume de requisições, 66, no último mês de 2019. Clique aqui e veja as tabelas.

Solicitações de falências caem durante o ano

No acumulado do ano anterior, o número de requisições de falências apresentou queda de 2,9% na comparação com o ano anterior – 1.417 pedidos contra 1.459 no total de 2018, considerando o acumulado de janeiro a dezembro. Na análise de dezembro, houve redução de 16,2% nos pedidos, que chegaram a 88 ante 105 no mesmo mês de 2018. O comparativo com novembro/19, o último mês do ano teve aumento de 2,3%, quando o número era 86.

Foto: Reprodução | Fonte: Assessoria
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