Criado pela Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) e Associação Brasileira de Empresas de Componentes para Couros, Calçados e Artefatos (Assintecal), com gestão do Instituto By Brasil (IBB), o Programa Origem Sustentável entrou em nova fase. A partir deste mês, empresas iniciaram adesões ao programa e recebem treinamentos para entender o passo a passo da implementação da certificação de sustentabilidade.
O programa, que existe desde 2013, foi reformulado no início deste ano com o intuito de otimizar a certificação de sustentabilidade. O presidente do IBB, Evandro Wolfart, ressalta que o novo formato extinguiu o nível Branco, que não previa auditoria para certificação. A partir de agora, todas as empresas interessadas serão auditadas pela SGS, ABNT, Bureau Veritas ou Senai.
Wolfart conta que 15 empresas de calçados e componentes estão passando pelo processo para a certificação nos novos moldes, com indicadores nas dimensões Ambiental, Econômica, Social e Cultural, além da Gestão da Sustentabilidade.
“As mesmas já participaram do primeiro treinamento com instrução de como aplicar os indicadores nos seus processos produtivos. Para julho existe uma agenda de novos treinamentos”, adianta o presidente.
Segundo o presidente do IBB existe uma tendência global por sistemas sustentáveis e o programa oportuniza que as empresas da cadeia coureiro-calçadista, por meio de uma ferramenta de alta credibilidade e de padrão internacional, possam contar ao mercado a importância da sustentabilidade nos seus processos produtivos.
“Acredito que as empresas que não optarem por estas certificações acabarão, em médio prazo, perdendo espaço no mercado”, ressalta.
Para o diretor-executivo da Abicalçados, Haroldo Ferreira, o programa é “muito mais do que uma certificação de sustentabilidade”, pois, com indicadores claros e aplicáveis, auxilia as empresas na realização e adaptação para processos produtivos totalmente sustentáveis, não somente na forma ambiental, mas também econômica, social e cultural. “O programa, além de certificar, indica caminhos para as empresas adotarem sistemas sustentáveis de produção”, avalia Ferreira.
Já a superintendente da Assintecal, Ilse Guimarães, avalia que a certificação prioriza as boas práticas ambientais em sua complexidade global. “Estamos falando de bases sólidas nos aspectos culturais e organizacionais, o que gera redução de impacto em todas as esferas sociais: colaboradores, empresa, população e meio ambiente. Junto, ainda gera redução de custos para as empresas, maior inserção no mercado mundial e mais respaldo para seus colaboradores e consumidores”, comenta a dirigente.