Iniciou nesta semana a produção dos chocolates autorais da Miróh Chocolate Makers. A empresa nasceu da parceria entre o chocolatier Ricardo Campos, sua esposa Ariane Raudenberg e a família Ziegler, de Santa Catarina, e recebeu, aproximadamente, R$ 3,5 milhões de investimentos.
Localizada em Gramado, no Rio Grande do Sul – cidade reconhecida pelos saborosos chocolates artesanais – a Miróh chega com uma meta audaciosa: produzir um dos melhores chocolates do Brasil.
Formado em Gastronomia na Escola de Turismo, Hotelaria e Gastronomia do CETT, de Barcelona, Campos conta que o nome do empreendimento foi inspirado no famoso artista espanhol Joan Miró e na região da Catalunha, onde morou por dois anos.
Os empresários destacam que a ideia nasceu do desejo de criar uma marca diferente”.
Os empresários destacam que a ideia nasceu do desejo de criar uma marca diferente, alinhada com o processo B2Bar – já disseminado nos EUA e em alguns países da Europa –, que prima pela qualidade de ponta a ponta no processo de produção do chocolate, da escolha da amêndoa até o produto final.
Focada nisso, a Miróh trabalhará 100% com fazendas sustentáveis, que fabricam cacau orgânico, premiado e que não utilizam trabalho escravo ou infantil. “Existem locais em Gana e Costa do Marfim que pagam U$ 200 por ano para famílias que trabalham com cacau. Para nós, não fazer parte desse sistema é uma questão social, de empatia e respeito ao ser humano”.
Para garantir uma produção com diferentes características, mas com alta qualidade, os empresários importaram o fruto certificado de cinco países diferentes: Índia, Filipinas, Madagascar, Nicarágua e Venezuela. “Seremos a primeira empresa do Rio Grande do Sul a trabalhar com matéria-prima de origem e importada”, explica Campos, que completa: “Nossa torra será feita na Bélgica, para cumprir as leis brasileiras”.
No Brasil, as três fornecedoras estão localizadas na Bahia e no Espírito Santo, possuem certificado de Indicação Geográfica – IG, controle de plantio e seus frutos estão entre os 10 melhores do mundo. “A fazenda do Espírito Santo venceu em 2017 o prêmio “Melhor Cacau do Brasil”, no Salão do Chocolate em Paris, maior evento mundial do segmento”, informa o chocolatier.
Em dezembro de 2020, a marca inaugurou uma cafeteria na Avenida Borges de Medeiros. No cardápio, cafés especiais Blum’s Kaffee, considerada a melhor torrefação do Brasil em 2020, doces tradicionais, croissant feito com farinha francesa e doces autorais premiados, assinados por Ricardo Campos.
Na primeira quinzena de julho, os empresários abrem as portas do Ateliê Miróh, em frente ao Lago Negro”.
Na primeira quinzena de julho, os empresários abrem as portas do Ateliê Miróh, em frente ao Lago Negro, tradicional cartão postal de Gramado. O espaço será multifuncional e vai proporcionar aos visitantes diferentes vivências com o universo do chocolate. No local, está a fábrica onde acontece a produção do chocolate que se transforma em drágeas, barras, bombons e que também será usado nos doces.
Quando estiver plenamente pronto, o Ateliê terá, ainda, uma adega de cacau climatizada onde as sacas ficarão armazenadas, a Sala de Vidro criada para proporcionar experiências sensoriais aos clientes, a Sala de Aula para cursos destinados aos apaixonados pela iguaria e a Confeitaria. “Também vamos oferecer um tour gratuito, em pequenos grupos, para quem quiser saber como funciona o processo de produção. Nosso maquinário veio da Itália e, além de ter tecnologia de ponta, é bonito e atrativo para a visita guiada”.
A Miróh também contará com edições especiais de chocolate feitos com cacau de fermentação e maturação diferentes. “Assim como o vinho, nossa matéria-prima ficará em maturação até alcançar o melhor momento para se transformar no produto final”, explica Campos, que finaliza: “Todos esses quesitos nos tornam capazes de criar um chocolate sem igual no Brasil, com sabor diferenciado, alta qualidade e personalidade”.