No Dia do Combate ao Fumo, Hospital Sapiranga alerta para riscos do cigarro eletrônico

Por Jonathan da Silva

Com aromas, sabores e formatos diferentes dos cigarros convencionais, os cigarros eletrônicos oferecem os mesmos riscos à saúde dos usuários, expondo o corpo ao monóxido de carbono, alcatrão e outras substâncias nocivas, além de conter nicotina, uma substância altamente viciante com diversos efeitos prejudiciais. Com a chegada do Dia Nacional de Combate ao Fumo, celebrado em 29 de agosto, o pneumologista do Hospital Sapiranga, Leonardo Haas, alerta para os principais problemas que podem ser causados em consequência da utilização do item.

Segundo Haas, o cigarro eletrônico pode causar danos significativos à saúde em um período mais curto de uso do que o próprio cigarro tradicional. “O cigarro eletrônico possui os mesmos riscos do convencional, podendo ocasionar o surgimento de câncer, doenças respiratórias e cardiovasculares, como infarto, morte súbita e hipertensão arterial. A diferença é que o cigarro eletrônico tem maior potencial de dano à saúde com pouco tempo de exposição”, enfatiza o especialista.

O pneumologista também relata que outro tipo de tabaco prejudicial é o narguilé, uma espécie de cachimbo de água de origem oriental, utilizado para fumar tabaco aromatizado. “Podemos citar também o narguilé, em que há grande exposição ao tabaco e à nicotina em uma única sessão’’, afirma Haas.

O especialista ressalta que um dos principais desafios do momento é reduzir o consumo do cigarro eletrônico, especialmente entre os jovens. “Conseguir reduzir o consumo, principalmente entre os jovens, dessas novas formas de tabaco, consideradas ‘modinhas’, é bastante desafiador, sendo necessário desmistificar a ideia vendida pela indústria de que não é prejudicial à saúde”, salienta Haas.

No Brasil, a legislação atual em relação ao cigarro eletrônico proíbe a fabricação, importação, comercialização, distribuição, armazenamento, transporte e propaganda de todos os dispositivos eletrônicos para fumar. “A Anvisa manteve a proibição de comercialização e publicidade em votação realizada em abril de 2024, mas existe um projeto de lei tramitando no Senado, com consulta pública em aberto, propondo a liberação do cigarro eletrônico no país. Hoje, já não é proibido o uso individual”, pondera o pneumologista do Hospital Sapiranga.

Foto: Canva/Divulgação | Fonte: Assessoria
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