O Museu Histórico Visconde de São Leopoldo foi reaberto nesta quinta-feira (25) após ficar fechado desde maio por ter seu acervo atingido pela enchente histórica na cidade. A reabertura ocorreu em uma data especial, a do bicentenário da chegada dos primeiros 39 imigrantes alemães ao município e ao país. A festa no espaço histórico reuniu voluntários, frequentadores e autoridades de todo o estado.
Diante da comunidade na cerimônia de reinauguração, o prefeito Ary Vanazzi (PT) garantiu que o museu irá se reerguer inspirado justamente na perseverança do povo germânico. “Tínhamos sonhado um 25 de julho como um momento memorável, articulado por mais de dois anos com muito carinho e dedicação. No entanto, recebemos sinais. Primeiro a Covid, nos reerguemos. Recentemente, a cheia. Que esses sinais nos façam refletir sobre o futuro que queremos. O que nos motiva a não desistir dos sonhos está calcado na experiência dos alemães que chegaram aqui com muita fé e esperança para construir a cidade com os povos que aqui estavam”, salientou o chefe do executivo leopoldense.
O presidente da Comissão Especial do Bicentenário, Rafael Gessinger, afirmou que o país tem São Leopoldo como o grande farol da imigração. “Aqui é o berço da imigração alemã no Brasil. Todos que moram aqui devem assumir essa responsabilidade, a cidade é a irmã mais velha das demais. A memória deve ser sempre preservada”, ressaltou Gessinger.
Também participaram do ato a diretora do museu, Ingrid Marxen, o cônsul-geral da Alemanha em Porto Alegre, Marc Bogdahn, e a corte da São Leopoldo Fest, a rainha Andressa Amaro Prass, as princesas Nicole Budke Rodrigues e Eduarda Souza Nunes, e a oma Isélda Barden Rosa.
Programação
Para marcar a data, a Igreja do Relógio, de Confissão Luterana, realizou um culto especial dedicado ao evento com a participação da pastora Silvia Bratrice Genz. Em seguida, junto com a reinauguração do museu, ocorreu a chegada da 4ª Cavalgada da Imigração, que partiu da Lomba Grande até a avenida Dom João Becker.
O museu
Fundado em 20 de setembro de 1959, o Museu Histórico Visconde de São Leopoldo tem como objetivo salvar do esquecimento, da perda e da destruição objetos, livros, cartas, jornais, documentos e outros elementos que se referiam à história da imigração e colonização alemãs na região que formava a então Colônia de São Leopoldo, que atualmente abrange os municípios dos Vales do Sinos e Caí. A maior parte dos itens foram salvos dos estragos da enchente, incluindo uma bíblia de 1765.