Momento do Empreendedor ACIST-SL: ESG é lucrar com propósito

Por Marina Klein Telles

“A ESG precisa ser vista como uma forma para que a empresa tenha lucro e lucrar não é feio”. A afirmativa é da consultora Cenira Veronese, que palestrou no Momento do Empreendedor realizado na quinta-feira, 17, pela ACIST-SL e pelo Núcleo de Empreendedoras da entidade.

Segundo ela, é preciso discriminar cada letra de acordo com seu significado exato, para que os negócios realmente possam ter benefícios. “É um percurso longo e que precisa ser trilhado pelo dono da empresa ou pelos investidores”, alerta. A ESG instituiu-se como uma prática em 2004 e significa a obtenção de lucro considerando aspectos sociais (S), ambientais (A) e de governança na organização (G), sendo que a origem surgiu em 1992, com o conceito de ‘satisfazer necessidades atuais sem comprometer a capacidade das gerações futuras em satisfazer as suas’.

Como exemplos simples de aplicação do S, Cenira cita um ambiente limpo e amigável – desde piso, banheiros, ventilação e estações de trabalho; estímulo a treinamentos e qualificações; contratação de profissionais que residam no entorno da empresa, pois além de redução de tempo de deslocamento, há também o sentimento de pertencimento. “A empresa ganha pela percepção de oportunidades que oferece às pessoas”.

“O que eu gero de impacto no meio ambiente próximo de mim e da minha empresa?”. Esta pergunta, conforme a consultora, pode nortear as ações para contemplar o E (environmental = meio ambiente) da sigla. Ao olhar para o seu quintal, o empresário pode adotar uma série de iniciativas que podem gerar lucro, seja para o seu negócio ou para um terceiro, como a separação correta de resíduos para posterior venda ou reutilização; redução de matérias-primas por meio de novos processos, dentre outros. “A ESG não olha somente para o Painel do Lucro. Ela ajuda a lucrar mais com novas atitudes”, comentou.

Para implantar um programa ou projeto de ESG, Cenira indica uma escada de quatro degraus. O primeiro é o questionamento sobre os Impactos: o que a ESG afeta; a seguir, avalia-se os Tópicos Materiais, que apontam com o que a ESG se importa; passando então para os Objetivos Estratégicos, alinhando com o que irá se comprometer; para enfim, gerar os Indicadores. Ela adverte que o processo é longo, mas acima de tudo, deve ser “walk the talk”, isto é, fazer o que se fala, executando o programa no seu dia a dia. “Nada adianta se estas práticas não estiverem no cotidiano da empresa. ESG não é foto, é filme”, ressalta.

O presidente da ACIST-SL, Felipe Feldmann, destacou que a palestra esclareceu muitas dúvidas sobre o tema e desmistificou que a ESG é aplicada somente nas grandes empresas. A organização do evento contou com a participação do Grupo de Trabalho do Núcleo de Empreendedoras, formado pelas associadas Estela Ortácio, Maria Helena Fleck (Ágile Comunicação), Marília Garcez (Matriz Farmacêutica) e Daniela Fernanda da Silva (Home Angels).

Foto: Diego da Rosa/divulgação | Fonte: Assessoria
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