Mercado de flores comemora chegada da primavera

Por Gabrielle Pacheco

Apesar de o índice previsto em 2019 ser 3% menor do que nos anos anteriores, ele é ainda muito significativo, principalmente considerando que o PIB – Produto Interno Bruto – ficará na faixa de um ponto percentual.

O crescimento do mercado de flores no Brasil em 2019 está menor do que nos últimos quatro anos, quando vinha variando de 8% a 10,4%. No entanto, o setor ainda tem muito que comemorar. A previsão é de que a floricultura nacional cresça entre 7% e 8% este ano.

Assim, a Expoflora, evento que está sendo realizado em Holambra (São Paulo) para mostrar ao país as novidades e os lançamentos em flores ornamentais, dá as boas-vindas à primavera em nome de toda a cadeia, que prevê faturamento da ordem de R$ 8,5 bilhões, de acordo com o Ibraflor – Instituto Brasileiro de Floricultura.

Considerando a queda no crescimento, o presidente do Instituto Brasileiro de Floricultura (Ibraflor), Kees Schoenmaker, recomenda cautela neste momento, mas acredita que não há motivo para pessimismo.

“Nosso setor continua indo bem, porém existem diferenças regionais. Os produtores com qualidade, inovação e confiabilidade não precisam se preocupar”, diz.

As características dos próprios produtos – flores e plantas ornamentais – reforçam o cenário positivo. Segundo Kees Schoenmaker, as flores têm apelo emocional, melhoram a vida das pessoas, são cada vez mais fáceis de encontrar e têm preços que variam de R$ 5,00 a R$ 5 mil. “Essas qualidades e tendências particulares estimulam um ligeiro otimismo no setor”, conclui.

Dados do setor

Os números do setor apontam uma tendência de crescimento de 12% na produção de plantas verdes em vasos. Em segundo lugar, vêm as plantas com flores, também em vasos, com previsão de 7% de crescimento. Espécies para jardinagem apresentam aumento de 4%, e as flores de corte fecham a lista com avanço de 2%.

O Brasil tem cerca de 8.300 produtores, 60 centrais de atacado (como as cooperativas, por exemplo), 680 atacadistas e prestadores de serviço e mais de 20 mil pontos de varejo. São cerca de 15.600 ha de área cultivada, o que coloca o país no oitavo lugar entre os maiores produtores de plantas ornamentais do mundo.

Enquanto o Brasil enfrenta uma taxa de desemprego em torno de 12% – equivalente a 12,8 milhões de pessoas –, a floricultura vai na contramão desses dados. Em 2019, foram criados 209 mil postos de trabalho no setor, sendo que 54% dessas vagas são no varejo, 39% na produção, 4% no atacado e 3% em outras funções.

Foto: Reprodução | Fonte: Assessoria
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