Mastologista informa sobre imunoterapia em simpósio na Expogramado

Por Amanda Krohn

A mastologista da Oncoclínicas RS, Dra. Betina Vollbrecht, será moderadora do Simpósio Satélite sobre Imunoterapia em Câncer Ginecológico e Câncer de Mama, promovido pelo Instituto Oncoclínicas. O evento ocorrerá no Centro de Exposições e Congressos Expogramado, de 15 a 17 de setembro. Na ocasião, a profissional informará sobre imunoterapia, um tipo de tratamento contra o câncer que visa combater o avanço da doença pela ativação do próprio sistema imunológico do paciente.

“O objetivo do uso destas medicações é estimular as células do nosso sistema imunológico a reconhecer células tumorais como um ‘organismo agressor’, facilitando assim a sua destruição”, explica a Dra. Betina. A mastologista informa que desde maio deste ano há a aprovação do uso da imunoterapia no Brasil para tratamento do câncer de mama metastático triplo negativo, um dos tipos mais agressivos da doença, e, recentemente, alguns estudos demonstraram também resultados promissores em tumores iniciais. Ela acrescenta que, especificamente em relação ao câncer de mama, as drogas testadas foram o pembrolizumab e atezolizumab, em tumores do subtipo triplo negativo.

Assim, a imunoterapia tem se tornado um dos temas mais importantes em oncologia no último ano, e será o objetivo do simpósio organizado pelo Instituto Oncoclinicas na próxima semana no maior congresso de ginecologistas do Sul do Brasil. Os palestrantes serão a Dra. Andreia Melo, oncologista da Oncoclínicas RJ, e o Dr Tomás Reinert, oncologista da Oncoclínicas RS. “Será uma oportunidade única para a discussão do uso na prática da imunoterapia”, complementa a Dra. Betina.

Conscientização e Prevenção

A oncologista Dra. Fernanda Costa do Nascimento, também integrante da Oncoclínicas RS, lembra do Setembro em Flor, mês dedicado à prevenção e tratamento dos tumores ginecológicos. A neoplasia de ovário é a neoplasia ginecológica potencialmente mais grave. É o oitavo câncer mais incidente entre as mulheres no mundo, correspondendo a um risco estimado de 7,8/100 mil mulheres. Conforme dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), em 2020 a estimativa foi de 6.650 novos casos no Brasil.

Entre as formas de prevenção estão uma dieta equilibrada, prática de atividade física regular, controle do peso e das demais comorbidades/ doenças. Mulheres com antecedentes familiares de câncer da mama e/ou ovário devem ter maior atenção. A maioria dos casos deste tipo de neoplasia é esporádico, ou seja, acontece ao acaso e não necessariamente estão associados a um fator genético. Porém, cerca de ¼ destes tumores de ovário são hereditários, tendo uma predisposição genética herdada do pai ou da mãe. A especialista explica que alterações genéticas hereditárias passam de uma geração para outra e aumentam a chance de neoplasia ao longo da vida. Quando o câncer de ovário é diagnosticado, o teste genético deve ser recomendado, pois esta é uma informação importante para o paciente (do ponto de vista de tratamento) e para os seus familiares, pois caso apresentem mutações genéticas devem ser acompanhados e submetidos a aconselhamento genético familiar.

Dra. Fernanda orienta também que todas as mulheres devem ter o hábito de cuidarem-se e estarem atentas aos sinais de mudança no seu corpo. Alterações como aumento do volume abdominal, desconforto pélvico, inchaço nas pernas, alteração abrupta do hábito intestinal e/ou urinário, dores, são sinais e sintomas que indicam que algo pode estar alterado com seu corpo e que seu médico deve ser procurado. O diagnóstico é feito com consultas médicas regulares, exames clínicos, laboratoriais ou de imagens. Em caso de suspeita, a melhor maneira de diagnosticar o câncer de ovário é por meio de cirurgia.

Quando o diagnóstico de câncer de ovário é estabelecido, o tratamento dependerá do estágio e características da doença e da indicação do médico especialista. A modalidade mais importante é a cirurgia, que geralmente é complementada com quimioterapia e terapia-alvo. Estas terapias-alvo são tratamentos que têm por objetivo atingir células cancerígenas de forma mais específica, com menor dano às células normais, fazendo parte de avanços que ocorreram recentemente no tratamento do câncer de ovário, sendo indicadas em alguns grupos de pacientes, de acordo com o estágio da doença e presença de alterações genéticas.

Foto: Divulgação | Fonte: Assessoria
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