Jovens do programa Nós por Elas recebem certificados do Instituto Crescer legal

Por Gabrielle Pacheco

As participantes do programa “Nós por Elas – A voz feminina do campo” receberam, na quinta-feira, 29, os certificados de capacitação em comunicação. O programa é uma ação do Instituto Crescer Legal direcionado a jovens egressas do Programa de Aprendizagem Profissional Rural. São elas: Eduarda Rodrigues de Oliveira, 19 anos, de Vera Cruz (RS); Maiara Danielle Rohloff, 17 anos, de Venâncio Aires (RS); e Pâmela Cristina Guedes (18 anos), Fabiane Marinês Schlittler (18 anos) e Jéssica Voeltz (17 anos), de Vale do Sol (RS).

Durante três meses, desde setembro, elas se deslocavam de suas localidades no interior dos municípios para participar das atividades na Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc). Foram 240 horas de atividades, com pesquisas e trabalhos sobre temas como história do rádio, conceitos e técnicas de radiojornalismo, estrutura da notícia, produção de textos e roteiros. O período encerrou com a produção de quatro programas de rádio – Mulher no mercado de trabalho; Gravidez na adolescência e casamento precoce; Trabalho infantil; e Violência contra a mulher – que estão sendo veiculados nas mídias sociais e em programas de rádio de entidades parceiras do Instituto Crescer Legal.

A certificação
O Presidente do Instituto Crescer Legal, Iro Schünke, elogiou as produções do Nós por Elas e a atuação das jovens, que já são consideradas embaixadoras do Instituto. “Ouvi os programas e parecem radialistas profissionais, falam com desenvoltura sobre temas que não são fáceis”, disse. O presidente do Conselho Fiscal do Instituto, Benício Albano Werner, lembrou que toda a aprendizagem é importante para a vida. “Se avalia o que se aprendeu quando se passa adiante”, comentou.

A consultora e fundadora do Instituto, Ana Paula Motta Costa, falou que a ideia de trabalhar com meninas é estratégia de empoderamento da mulher rural através da comunicação. “Aprender a falar é uma grande ferramenta e elas comunicam através do rádio, que é um meio de comunicação importante no campo”, acrescentou. E a educadora social da turma, Ana Paula Justen, disse que percebeu que todos os sacrifícios que as meninas fizeram valeu a pena. “É visível o crescimento delas na expressão verbal e escrita”, salientou.

A ação, realizada em parceria com a Universidade de Santa Cruz do Sul, tem foco em pesquisas sobre temas relevantes para a juventude rural. Para viabilizar a participação das meninas, elas recebem bolsas de estudo do Instituto Crescer Legal. Esta é a segunda edição do Programa “Nós por Elas – A voz feminina do campo”, pois em 2017, 13 meninas participaram do projeto piloto de produção de programas de rádio.

Experiência
Para as jovens participantes do programa, o período foi de descobertas. Eduarda Oliveira explica que aprendeu muito sobre os temas estudados e a se pronunciar usando as palavras mais adequadas. Jéssica Voeltz pontua que a oportunidade proporcionou momentos únicos e que aprendeu a identificar com mais clareza as situações abusivas. Fabiane Schlittler decidiu, durante o período de atividades, ter o jornalismo como profissão. Ela já está aprovada no vestibular e matriculada para iniciar a graduação em fevereiro na Unisc.

Pâmela Cristina Guedes diz que as pessoas passaram a comentar que ela já se expressa melhor. “O programa fez muita diferença na minha vida”, acrescenta. E Maiara Danielle Rohloff afirma que as atividades fizeram com que ela percebesse o valor feminino. “Na escola, recebi elogios a respeito da escrita e das apresentações de trabalhos”, completa.

O Instituto Crescer Legal
Fundado em 23 de abril de 2015 e em 2016, implementou o Programa de Aprendizagem Profissional Rural, oferecendo a jovens rurais o curso de Empreendedorismo em Agricultura Polivalente – Gestão Rural. Na primeira edição, 84 jovens aprendizes de cinco municípios gaúchos receberam seus certificados e, atualmente, 121 jovens de sete municípios estão participando do curso. Os jovens são contratados pelas empresas associadas ao Instituto, mas as atividades são todas realizadas na escola parceira, em suas comunidades e em saídas de estudo.

O Programa Nós por Elas – A voz feminina do campo é direcionado a egressas do programa de aprendizagem para que elas ampliem a reflexão sobre o papel da mulher no campo e no mundo e contribuam com a comunidade por meio da comunicação de jovem para jovem.

Foto: Divulgação | Fonte: Assessoria
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