A Biblioteca Municipal de São Leopoldo recebeu nesta terça-feira, 17 de abril, os jornalistas e escritores Dominga Menezes e Gilson Camargo para o lançamento do livro “Invisíveis: O lugar de indígenas e negros na história de imigração alemã”. A publicação foi viabilizada com recursos do governo do Estado do Rio Grande do Sul por meio do Pró-Cultura RS, Fundo de Apoio à Cultura (FAC).
Lançado no ano do Bicentenário da Imigração Alemã, que será comemorado em 25 de julho de 2024, “Invisíveis” propõe um contraponto à narrativa oficial que exalta o protagonismo dos imigrantes europeus ao considerar o dia 25 de julho de 1824 como o início da história do município.
O livro resgata registros históricos da presença milenar de indígenas que circulavam pelo território que um dia seria o Rio Grande do Sul e faziam do Vale do Sinos parte do seu território, bem como demonstra que São Leopoldo já era habitada por negros escravizados trazidos de diversas partes do continente africano, assim como os portugueses residentes.
O escritor Gilson Camargo comentou sobre a felicidade em lançar este livro. “Foi muito importante para dar fôlego a uma pauta que para mim é muito importante, e poder dar voz a pessoas silenciadas, de mostrar um lado da história que muitas vezes é esquecida”, afirmou.
Durante o lançamento, algumas pessoas importantes dentro desta pauta deram seus depoimentos em relação a relevância da obra, entre elas o professor e coordenador do Patrimônio Histórico da Secretaria Municipal de Cultura e Relações Internacionais (Secult), Márcio Linck, o historiador Ricardo Charão, a secretária de Direitos Humanos, Adriângela Cabral Jacob, e o chefe do Departamento de Igualdade Racial, Anderson Bittencourt, conhecido como Mano Astral.