O Conselho Federal de Medicina realizou em Brasília o I Fórum da Comissão de Saúde e Espiritualidade, com o tema “Construindo a diretriz clínica”. O encontro, que reuniu especialistas para discutir a integração da espiritualidade no cuidado em saúde, teve como destaque a participação do geriatra Emílio Moriguchi, membro do Instituto Moriguchi e fundador do Projeto Veranópolis. O médico contribuiu para alinhar evidências científicas e prática assistencial, reforçando a importância de incorporar a dimensão espiritual de forma ética e baseada em evidências.
O fórum inaugurou um ciclo de trabalhos que visa orientar, por meio de uma diretriz clínica nacional, como reconhecer e acolher a espiritualidade do paciente com segurança, respeito às crenças e foco em resultados. A agenda tratou de temas como o papel do perdão no processo de cura, critérios para anamnese espiritual e propostas de recomendações por especialidade, associando humanização, comunicação clínica e indicadores de benefício ao paciente.
Contribuições de Emílio Moriguchi
Durante o evento, o geriatra ressaltou os impactos da integração da espiritualidade na prática médica. “Integrar a dimensão espiritual de forma ética e baseada em evidências aprofunda a escuta, fortalece a aliança terapêutica e pode favorecer adesão ao tratamento e qualidade de vida”, afirmou Moriguchi. Para o médico, a iniciativa marca um avanço. “Este fórum é um passo concreto para transformar conhecimento em diretrizes úteis ao consultório e ao hospital, com respeito à autonomia do paciente”, enfatizou o geriatra.
Fundador do Projeto Veranópolis de Estudos de Envelhecimento e Longevidade com Saúde e Qualidade de Vida, o Dr. Emílio Moriguchi tem trajetória dedicada a unir ciência, prática clínica e ações comunitárias. No fórum, destacou formas de traduzir evidências em rotinas assistenciais, da escuta qualificada à comunicação com famílias, sempre sem proselitismo e com rigor técnico.


