A decisão do Banco Central de manter a taxa Selic em 10,50% reflete a preocupação com o recente aumento das expectativas de inflação e a incerteza fiscal do governo brasileiro, avalia o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), Claudio Bier, ao comentar sobre o resultado da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) da quarta-feira (31).
Mas, acrescenta, é um desafio a mais ao setor industrial, vetor importante para ajudar na reconstrução que o RS precisa. “Embora entendamos a necessidade de fazer a inflação ficar dentro da meta, o setor industrial do Rio Grande do Sul enfrenta dificuldades significativas, agravadas pelos efeitos das enchentes. A manutenção dos juros altos aumenta os custos de empréstimos e financiamentos, dificultando a recuperação econômica das empresas locais”, diz Bier.
Neste sentido, continua Claudio Bier, a Fiergs espera que nos próximos meses o Governo Federal se comprometa com as metas fiscais estabelecidas no arcabouço fiscal, de modo que o cenário macroeconômico permita uma redução dos juros, oferecendo um alívio necessário para os empreendedores gaúchos.