FCDL-RS apoia movimento dos caminhoneiros do Brasil

Por Gabrielle Pacheco

Nesta quinta-feira (24), a Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Rio Grande do Sul (FCDL-RS) oficializou seu apoio ao movimento de paralisação dos caminhoneiros brasileiros, em protesto à alta exagerada do preço dos combustíveis.

Segundo texto, a federação entende que mesmo diante de um cenário internacional onde o preço do petróleo vem passando por subsequentes altas e o dólar encontra-se em processo de valorização, não há motivos razoáveis para que o Brasil esteja posicionado na segunda posição, dentre os países produtores de petróleo, com o combustível mais caro.

Conforme a FCDL esta situação decorre de três fatos: a alta carga fiscal sobre os combustíveis; a Petrobras ser uma empresa brasileira monopolista na extração e refino de petróleo, carregando graves e custosas ineficiências de gestão que impactam no preço final dos combustíveis; e o processo de dilapidação patrimonial da própria Petrobras, decorrente de casos de corrupção, atualmente em investigação e julgamento pela conhecida Operação Lava Jato.

Vitor Koch, afirma que em um momento de crise, a economia nacional precisa de abundância energética para se revigorar e a Petrobras, enquanto empresa pública, deveria estar servindo aos interesses do país. Para ele, uma vez que a prática é diferente, não há motivos para que tal atividade empresarial esteja nas mãos do Estado, especialmente sob o caráter de monopólio.

Por outro lado, enfatizando antes o nosso entendimento e apoio à paralização dos caminhoneiros do Brasil, chamamos a atenção das lideranças deste segmento para o fato de que a sociedade nacional – igualmente vítima da situação dos combustíveis – está começando a passar pelas dificuldades adicionais de uma situação geral de desabastecimento, já comprometendo questões essenciais como alimentação e liberdade de ir e vir, pela falta de combustível”, afirma Vitor.

A federação solicita ao movimento dos caminhoneiros que flexibilize a rigidez de sua paralisação, permitindo, ao menos, a livre circulação de produtos perecíveis, medicamentos e combustíveis, com o objetivo de amenizar uma situação de desabastecimento nacional que está prestes a assumir características de flagelo social.

Reiteramos o nosso apoio à causa dos caminhoneiros do Brasil, mas chamando a atenção de que o alvo dos protestos é o Poder Executivo, a Petrobras e, em certos casos, o conceito amplo do que chamamos de “classe política”. Não consideramos correto que os demais grupos empresariais, de trabalhadores, profissionais liberais, idosos e crianças em idade escolar se tornem vítimas secundárias de um movimento cuja causa é justa”, afirma.

Foto: reprodução | Fonte: Assessoria
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