Exportações de químicos e componentes somam US$ 163 milhões

Por Marcel Vogt

Dados elaborados pela Associação Brasileira das Empresas de Componentes para Couro, Calçados e Artefatos (Assintecal) apontam que, em maio, foram embarcados o equivalente a US$ 23 milhões em materiais, 66% menos do que no mesmo mês de 2022. No acumulado dos cinco meses do ano, as exportações de componentes e químicos geraram US$ 163 milhões, 11% menos do que no mesmo intervalo do ano passado. Já comparando com o mesmo período na pré-pandemia, em 2019, o setor segue positivo em 8%.

O gestor de Mercado Internacional da Assintecal, Luiz Ribas Júnior, ressalta que o dado ilustra um movimento de “ajuste de mercado”, com o retorno da produção na China e a normalização dos custos com fretes, que vinham favorecendo as exportações brasileiras, especialmente para mercados latino-americanos. “Os dados de 2022 são extraordinários e foram conseguidos por uma conjuntura do mercado internacional que já não existe mais. O dado real de comparação deve ser com o nível pré-pandemia, no qual estamos positivos”, avalia. Segundo ele, a projeção é de uma recuperação dos embarques ao longo do segundo semestre, encerrando o ano com estabilidade ou leve alta ante 2022. No ano passado, as exportações do setor atingiram US$ 421,2 milhões, 12% mais do que em 2021 e 18% mais do que em 2019.

Destinos

Nos cinco primeiros meses de 2023, o principal destino internacional dos químicos e componentes foi a China, para onde foram embarcados o equivalente a US$ 28 milhões (queda de 42% ante mesmo período de 2022). Na sequência apareceram a Argentina, com US$ 21,27 milhões (queda de 101%); Portugal,com US$ 14,18 milhões (queda de 74%); e Colômbia, com US$ 3,88 milhões (incremento de 21%). “A América Latina, apesar de ter diminuído os volumes importados do Brasil, é um mercado que foi cativado pela indústria brasileira no período da pandemia. Hoje, dos nossos 10 principais destinos, sete são da América Latina”, comenta Ribas Júnior

Estados

O principal exportador brasileiro de componentes e químicos para couro e calçados é o Rio Grande do Sul. Nos primeiros cinco meses do ano, as fábricas gaúchas exportaram o equivalente a US$ 92,24 milhões, 10% menos do que no mesmo período de 2022. O segundo exportador de 2023 foi São Paulo, com US$ 25,18 milhões (incremento de 13% ante 2022) e o terceiro Santa Catarina, com US$ 3,43 milhões (queda de 90%).

Materiais

Os materiais mais exportados pelo setor são os químicos para couro, que geraram US$ 93,94 milhões nos primeiros cinco meses do ano, 13% mais do que no mesmo período do ano passado. Na sequência apareceram os cabedais, com US$ 28,2 milhões (queda de 71%); químicos para calçados/adesivos, com US$ 23,77 milhões (incremento de 11%); laminados sintéticos, com US$ 8,6 milhões (incremento de 1%); solados, com US$ 2,48 milhões (queda de 38%); e palmilhas, com US$ 887,78 mil (queda de 118%)

Foto: Divulgação | Fonte: Assessoria
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