Exportações de componentes para calçados geraram US$ 291,8 milhões

Por Amanda Krohn

Dados elaborados pela Associação Brasileira das Empresas de Componentes para Couro, Calçados e Artefatos (Assintecal) apontam que, entre janeiro e agosto, as exportações do setor geraram US$ 291,8 milhões. O valor é 20% superior ao registrado no mesmo período de 2021 e já supera em 35% os números do intervalo correspondente em 2020.

O gestor de Mercado Internacional da Assintecal, Luiz Ribas Júnior, destaca que os países latino-americanos, principalmente a Argentina, além dos Estados Unidos, têm sido determinantes para a performance positiva. “Desde julho, com o Inspiramais, quando realizamos o Projeto Comprador com compradores estrangeiros, promovemos a participação em feiras do setor no Peru, Colômbia e Equador. Somente nesses eventos foram computados cerca de US$ 22 milhões em negócios, fora os que são realizados posteriormente por meio do relacionamento criado. O fato, somado à maior demanda do mercado para couros e calçados, o encarecimento dos fretes da Ásia e à valorização do dólar, foram fundamentais para o incremento dos embarques em 2022”, avalia o gestor.

Destinos

Entre janeiro e agosto, o principal destino dos componentes brasileiros foi a Argentina, para onde foram enviados o equivalente a US$ 65,2 milhões, 47% mais do que no mesmo período do ano passado. No comparativo com o intervalo correspondente de 2020 o incremento ultrapassa 85%. O segundo destino das exportações do setor nos oito meses foi a China, que importou o equivalente a US$ 59,5 milhões em produtos químicos e componentes para calçados. O valor é 2% menor do que o registrado no mesmo período do ano passado e 9% superior ao registro do intervalo correspondente de 2020.

Os dados apontam também que Portugal foi o terceiro principal destino das exportações do setor. No período, os embarques para aquele país geraram US$ 38 milhões, 53% mais do que no mesmo intervalo de 2021. No comparativo com o ínterim correspondente de 2020 o incremento já alcança 76%. A surpresa do ano é os Estados Unidos, país que ultrapassou a Colômbia e agora é o quarto destino das exportações de componentes. Entre janeiro e agosto, os norte-americanos importaram US$ 6,73 milhões, 51% mais do que no mesmo intervalo do ano passado. Ante 2020, o crescimento é de 55%.

Estados

Representando 54% do total das receitas geradas com as exportações do setor, o maior exportador do segmento no Brasil é o Rio Grande do Sul. Entre janeiro e agosto, partiram das fábricas gaúchas o equivalente a US$ 157,8 milhões, 11% mais do que no mesmo período de 2021. No comparativo com 2020, o crescimento é de 17%. A segunda origem das exportações brasileiras de componentes é São Paulo, de onde partiu o equivalente a US$ 32,27 milhões, incrementos de 35% em relação ao mesmo período de 2021 e de 60% no mesmo comparativo com 2020.

Na terceira posição entre os estados exportadores da atividade, a Bahia embarcou o equivalente a US$ 24,63 milhões em componentes, 49% mais do que nos primeiros oito meses de 2021. No comparativo com o mesmo intervalo de 2020 o crescimento é de 92%. O quarto maior exportador de 2022 é o Ceará. Nos oito meses, partiram das fábricas de componentes cearenses o equivalente a US$ 18,73 milhões, incremento de 49% em relação ao mesmo período do ano passado. No comparativo com o período correspondente de 2020 o crescimento é de 94%.

Produtos

O principal produto exportado pelo setor é Químicos para Couros, com embarques que geraram US$ 133,75 milhões entre janeiro e agosto, 12% mais do que no mesmo período do ano passado. O segundo material exportado no período foram os Cabedais, que geraram US$ 79 milhões, incremento de 17% ante o mesmo intervalo de 2021. Na sequência aparecem Químicos para Calçados/adesivos (US$ 32,43 milhões, alta de 32% ante o ano passado), Solados (US$ 19,86 milhões, incremento de 53%) e Laminados sintéticos (US$ 11,85 milhões, alta de 26%).

Foto: Divulgação | Fonte: Assessoria
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