Eva Schul ministra curso de dança contemporânea na Casa de Cultura Mario Quintana

Por Amanda Krohn

De 16 de janeiro a 3 de fevereiro, a bailarina e coreógrafa Eva Schul ministra um curso intensivo de dança contemporânea para iniciantes e profissionais. Os encontros ocorrem na Sala Cecy Frank, da Casa de Cultura Mario Quintana, de segunda a sexta, nos seguintes horários: das 18h às 19h30 turma iniciante, e das 19h30 às 21h turma intermediário/avançado. O investimento é de R$ 600.

O curso é voltado à técnica de dança contemporânea somática com coreografias, onde será trabalhado o fluxo contínuo do movimento. Baseado em conceitos claros de espaço/tempo, Eva desenvolve a consciência cenestésica tanto nas aulas técnicas quanto na criação. Nascida em 1948, na província italiana de Cremona, em um campo de refugiados no pós-guerra, Eva Schul mudou-se com os pais para Porto Alegre ainda criança. Foi uma das mulheres que reinventou a dança moderna e contemporânea e é, também, referência no Brasil.

Em 1956, iniciou sua formação em ballet clássico na escola de Maria Júlia da Rocha, uma paixão que a levou, em 1964, para estagiar no corpo de baile do New York City Ballet. De volta à Capital gaúcha, continuou os estudos com Tony Petzhold e formou-se, em 1963, na Escola de Artes Landes. A dança moderna entrou para sempre em sua vida após participar do 1° Congresso da Dança Clássica do Brasil, em Curitiba. A inquietação a levou para o Uruguai, a fim de estudar com Elsa Vallarino e Hebe Rosa, e Argentina, com Renate Schottelius e Ana Itelmann.

Em 1975, Eva retornou a Nova York para aprofundar os conhecimentos no sistema Laban/Bartenieff e com os norte-americanos Alwin Nikolais, Hanya Holm, Martha Graham e Merce Cunningham. Mais uma vez em casa, criou o grupo MuDanças e trabalhos, como: “Um Berro Gaúcho” (1977), Metamorfose (1978) e Alice (1979). Ainda em 1978, foi convidada como preparadora corporal do elenco de “Os Saltimbancos” e, no ano seguinte, para uma oficina Dança Moderna para o Balé Teatro Guaíra.

Com importante passagem na área de gestão, Eva contribuiu para a criação dos cursos superiores de Dança e Teatro na Pontifícia Universidade Católica do Paraná e foi diretora de dança do Instituto Estadual de Artes Cênicas da Secretaria de Estado da Cultura. Entre suas principais criações, as coreografias “Ecos do Silêncio”, “Joplin Blues”, “Hall of Mirrors”, “Tiro Liro Livre”, “Canção da Experiência” e “Acuados”, um espetáculo criado para celebrar os 25 anos da Anima Companhia de Dança e homenagear os dez anos da Lei Maria da Penha.

Foto: Eduardo Carneiro/Divulgação | Fonte: Assessoria
Publicidade

Você também pode gostar

Deixe um comentário

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.