Novo Hamburgo passou a contar com um sistema de segurança reforçado em suas 62 escolas municipais, implementado pela empresa DGT – Tecnologia em Segurança, que instalou mais de 300 câmeras de alta resolução e 50 câmeras PTZ, com movimentação ajustável e ampla capacidade de captação de ângulos e distâncias. O projeto, iniciado em 2022, inclui recursos como análise de vídeo para detecção de movimento e comportamento suspeito, reconhecimento facial e alertas personalizados, visando reduzir furtos e atividades ilícitas no entorno das instituições.
Os sócios-diretores da DGT, Lucas Arruda e Maurício Loeser, destacaram que a implementação do sistema já trouxe melhorias significativas na segurança e gestão de acesso das escolas municipais. “Desde então, as escolas registraram redução dos furtos e uma diminuição das atividades ilícitas no entorno das instituições de ensino”, afirmaram. Eles apontaram ainda que o sistema oferece uma visibilidade centralizada e a integração de dados, o que contribui para a segurança e diminuição de custos em comparação a métodos convencionais.
A iniciativa faz parte da vertical de Smart School, área da empresa especializada em soluções de segurança para cidades inteligentes, e inclui monitoramento por Inteligência Artificial (IA), que possibilita análise de atividades em tempo real, resposta rápida a potenciais ameaças e identificação de padrões incomuns. As funcionalidades do sistema envolvem ainda câmeras com detecção de intrusos e comportamento suspeito, alertas em tempo real e identificação automatizada de alunos e visitantes, integrados a bancos de dados para maior controle.
O coordenador de pós-graduação em Cibersegurança da Universidade Feevale, professor Vandersilvio da Silva, reforça que o uso de tecnologias de segurança é essencial para prevenir e combater incidentes de violência. “Além disso, é preciso que todos os envolvidos estejam treinados e conscientes de sua responsabilidade para manter o ambiente seguro”, comentou Silva, que acrescentou que tecnologias como reconhecimento facial e análise de vídeo com IA ajudam a aprimorar o controle de acesso e a vigilância, contribuindo para um ambiente escolar mais seguro.
Uma pesquisa de 2023 do Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br) revela que cerca de 49% das escolas de ensino fundamental e médio no Brasil ainda não têm sistemas de câmeras. Na rede pública, essa situação é mais crítica: uma em cada três escolas municipais não possui essa tecnologia. Silva avalia que, embora o Brasil já conte com tecnologias de segurança disponíveis, ainda há um longo caminho em conscientização e investimentos para alcançar o nível de proteção das nações mais desenvolvidas.