Equipe IPH/UFRGS prevê cheia duradoura no Guaíba

Por Jonathan da Silva

As previsões da equipe do Instituto de Pesquisas Hidráulicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (IPH/UFRGS) apontam cheia duradoura no lago Guaíba, em Porto Alegre, com níveis elevados acima de 5m nos próximos dias. De acordo com as previsões, haverá redução lento, mantendo-se acima de 4m durante a semana. Há ainda possibilidade de elevação por efeito das chuvas previstas a partir do final de semana podendo retornar a marca dos 5m. Caso as chuvas não se confirmem, continua a tendência de redução, mas mantendo-se acima de 3m nos próximos dez dias.

Até o momento, o sistema se comportou conforme as previsões anteriores, após elevação rápida até sexta-feira (3), e lenta no sábado (4), e estabilização em 5,30 m no domingo, os níveis do Guaíba apresentaram estabilização em torno de 5,25 m às 10h desta segunda-feira (5). As principais preocupações agora seguem sendo a duração dos níveis elevados e as possibilidades de repiques em função de novas chuvas ou efeito do vento.

Até o momento, os rios afluentes ao Guaíba apresentam estabilização em níveis elevados ou redução. Sem precipitações elevadas nas últimas 24 horas na maior parte do RS, e da ordem de 15 mm na região da serra. Não há previsão de precipitação significativa também nas próximas 24h, com exceção da região sul, como em Rio Grande. Há previsão de precipitação nos próximos 5 dias podendo ter acumulados de até 100 mm nas bacias do Guaíba e Taquari-Antas. Previsão de vento norte moderado até quarta-feira (até 30 km/h), podendo virar para vento sul na quinta-feira.

Considerando os elevados níveis previstos e suas incertezas, por segurança, recomenda-se todas as ações de proteção de vidas e minimização dos prejuízos nas áreas já impactadas e nas potencialmente impactadas. Considerando ainda a elevada duração prevista, recomenda-se ações imediatas na busca de soluções para reestabelecimento de infraestruturas de serviços essenciais como abastecimento d’água e manejo de resíduos sólidos.

As previsões

Estas previsões são desenvolvidas com base na combinação de observações de chuva e vazão dos rios, modelo de previsão meteorológica, hidrológica e hidrodinâmica. A previsão foi liderada pelos Professores Fernando Fan e Rodrigo Paiva e pelo mestrando Matheus Sampaio do Instituto de Pesquisa Hidráulicas (IPH) da UFRGS em conjunto com a empresa RHAMA Analysis.

Foto: Alex Rocha/PMPA/Divulgação | Fonte: Assessoria
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