Destinos turísticos contam a história dos negros no país

Por Gabrielle Pacheco

O dia 20 de novembro é marcado no Brasil como uma das datas mais importantes para a influência da cultura afrodescendente no país. Celebrado há oito anos, o Dia da Consciência Negra traz para os brasileiros uma reflexão do impacto da vinda dos africanos, por meio da música, política, religião, cultura, gastronomia, entre outras. Com o turismo não poderia ser diferente.

A cultura negra está presente na maioria dos atrativos e destinos turísticos do país, como igrejas construídas pelos escravos, museus e centros culturais. Entre os estados mais influenciados pela cultura africana estão Maranhão, Pernambuco, Alagoas, Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul. Tanto que as capitais paulista, fluminense e baiana criaram roteiros turísticos que resgatam a história dos afrodescendentes por meio do incentivo à visitação de atrativos turísticos com referência a esta vasta cultura.

No Ministério do Turismo, ao menos seis quilombos estão registrados em atividade turística no país. Entre eles, a Pasta destaca dois: Cavalcante (GO), com atividades na Comunidade Kalunga, e Paraty (RJ), onde está localizado o famoso Quilombo Campinho da Independência, que possui artesanato, festejos tradicionais e é uma referência importante da cultura afro-brasileira.

Para o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, o Dia Nacional da Consciência Negra é uma forma de lembrar aos brasileiros a importância social do turismo étnico, constante nestes destinos. “No turismo social, o visitante busca estabelecer um contato próximo com a comunidade anfitriã, participar de suas atividades tradicionais, observar e aprender sobre suas expressões culturais, estilos de vida e costumes singulares. Muitas vezes, essas atividades funcionam como memória afetiva das próprias origens do visitante, em um retorno às tradições de seus antepassados”, reforçou.

O turismo étnico, segundo o Caderno Turismo Cultural do Ministério do Turismo, “constitui-se de atividades turísticas envolvendo a vivência de experiências autênticas e o contato direto com os modos de vida e a identidade de grupos étnicos”. Esse tipo de atividade envolve as comunidades representativas dos processos imigratórios europeus e asiáticos, as comunidades indígenas, as comunidades quilombolas e outros grupos sociais que preservam seus legados étnicos como valores norteadores de seu modo de vida, saberes e fazeres.

Foto: Reprodução | Fonte: Assessoria
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