Criação do plano de contingência de Novo Hamburgo é tema de seminário

Por Marina Klein Telles

Dezenas de profissionais das forças de segurança se reuniram na quinta-feira (13), no auditório do 10º andar da Prefeitura, onde participaram do seminário “Resiliência Climática: Plano de contingência para um futuro seguro”. O evento teve o objetivo de iniciar, por meio da troca de experiências, a elaboração do plano de contingência de Novo Hamburgo, que está defasado há anos.

O painel contou com a presença do coordenador Regional de Proteção e Defesa Civil da Região Metropolitana e Litoral, Coronel Adriano Zanini; do diretor da Defesa Civil de Esteio (RS), Ênio Veronezi Júnior; do vereador de Tubarão (SC), Diego Goulart; e do diretor da Defesa Civil de Novo Hamburgo, Gilson Cristiano do Amaral.

A secretária de Gestão, Governança e Desburocratização, Andrea Schneider Pascoal, destacou a importância do seminário, pois a tendência é de que os eventos naturais continuem se intensificando. “Novo Hamburgo precisa se organizar e se preparar para esse tipo de desastre climático. Estamos fazendo reuniões internas com as secretarias, para que cada uma saiba o seu papel no ‘start’ de um plano de contingência”, comenta Andrea.

Troca de experiências para elaboração do plano de contingência

Durante o seminário, os profissionais relataram a experiência de cada um durante a catástrofe climática de 2024, que atingiu mais de 400 municípios gaúchos. Zanini abordou a falta de preparo que encontrou em diversos municípios em maio do ano passado e a falta de um plano claro de contingência, que abrangia mais do que, apenas, remover as famílias das suas casas que foram alagadas.

Goulart destacou parte do trabalho desenvolvido pela Defesa Civil do município de Tubarão, que atualiza anualmente o seu plano de contingência. Apesar de não ter sido afetada em 2024, a cidade catarinense passou por uma situação gravíssima em 1974, quando uma enxurrada ceifou a vida de quase 200 pessoas. Na catástrofe do ano passado, foi uma das cidades que se solidarizou com a situação do território gaúcho, enviando toneladas de mantimentos.

Esteio, no Vale do Sinos, também passou por situação semelhante à enfrentada por Novo Hamburgo em maio de 2024. Veronezi, que na época já atuava na Defesa Civil do município, destacou no seminário a situação envolvendo um ginásio municipal, que era utilizado como abrigo. Segundo ele, o local foi inundado pela cheia dos arroios que cortam o município somado às águas do Rio dos Sinos, destacando a necessidade de atualização constante do plano de contingência, prevendo situações como essa.

Já o diretor da Defesa Civil de Novo Hamburgo, Gilson Amaral, que atuou voluntariamente no resgate, nas doações e auxílio aos abrigos na enchente do ano passado, destacou a importância que a entidade possui de elo entre as secretarias, Guarda Municipal e Bombeiros durante um momento de crise. “Essa ligação, por meio de um plano de contingência bem elaborado, que especifica as funções de todos, permite que o trabalho seja executado da melhor forma possível”, ressalta.

Foto: Divulgação | Fonte: Assessoria
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