O Espaço Braskem, na Estação da Cultura, recebe durante toda esta quinta-feira (08) os trabalhos da Conferência Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Montenegro. O evento, que aborda a situação dos direitos humanos deste público em tempos de pandemia da Covid-19, é organizado pela Prefeitura de Montenegro e pelo Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (Comcrad).
A programação reúne lideranças e representantes de entidades e órgãos que vivem diariamente a realidade do combate à violência infantil e da promoção da garantia dos direitos de crianças e jovens. Serão debatidos as violações, as vulnerabilidades e as ações necessárias para reparação e garantia de políticas de proteção integral, com respeito à diversidade. No final do evento, serão escolhidos os temas encaminhados para a Conferência Estadual, além da eleição dos delegados.
A programação da manhã contou com uma palestra da doutoranda em Educação pela Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), Caroline Couto, e com um painel da rede de proteção. Na ocasião, lideranças de vários setores como saúde, educação e assistência social expuseram dados, ações e dificuldades das áreas relacionadas ao tema. Durante a tarde, haverá discussão dos eixos temáticos em grupos, de onde sairão as propostas municipal e estadual para a Conferência Estadual.
Por parte do poder público, participam da organização as secretarias de Habitação, Desenvolvimento Social e Cidadania (SMHAD), Educação e Cultura (SMEC) e Saúde (SMS). Representando a Administração, a secretária municipal de Educação e Cultura, Ciglia da Silveira, enfatizou a relevância do Comcrad, não só para crianças e adolescentes, mas para as famílias, comunidades e até mesmo escolas. “Precisamos fazer um diagnóstico da realidade para sabermos os pontos mais urgentes onde temos de atuar”, destacou.
De acordo com a assistente social do Setor de Alta Complexidade na Assistência Social do município, Angélica Nascimento Kochenborger, que auxilia na organização do evento junto com o psicólogo Mauro Henrique Frankowiak Martins, a pandemia trouxe muitos problemas à tona. “Precisamos debater políticas públicas e a atuação dos órgãos de defesa para atender crianças e adolescentes”, enfatiza Angélica. As Conferências Municipais dos Direitos da Criança e do Adolescente são importantes instrumentos de mobilização, identificação e discussão dos problemas e deficiências existentes na estrutura de atendimento à criança e ao adolescente em âmbito municipal.