A partir desta segunda-feira (15), a coleta seletiva de Santa Cruz do Sul foi ampliada para mais 20 bairros da cidade, abrangendo cem por cento da zona urbana. O recolhimento passa a ser feito pela empresa Conesul Soluções Ambientais, que venceu o processo licitatório. Outros 15 bairros seguem sendo atendidos pela Cooperativa de Catadores e Recicladores (Coomcat).
O mapa da coleta nos novos bairros foi dividido por setores e o caminhão da Conesul fará o recolhimento dos materiais uma vez por semana. Para que a população tome conhecimento da ampliação do serviço e assim possa fazer o descarte correto dos resíduos sólidos, a prefeitura colocou nas ruas uma grande campanha de conscientização, batizada de Coleta + Santa Cruz, com o slogan Nossas atitudes criam um mundo sustentável.
O cronograma da coleta seletiva, com os dias e horários estabelecidos para cada setor será informado pela própria empresa junto aos moradores, com a distribuição de imãs de geladeira e folders. As informações também já estão disponíveis no portal do Município, no seguinte link: https://www.santacruz.rs.gov.br/conteudo/coleta-de-lixo. Com relação à coleta feita pela Coomcat, nada muda, o cronograma permanece o mesmo e também pode ser encontrado no mesmo link.
Para a prefeita Helena Hermany, a ampliação da coleta seletiva é um grande salto para tornar Santa Cruz do Sul uma cidade mais sustentável e exemplo para o restante do país. Ela destaca que na grande maioria das cidades brasileiras a coleta ainda é mínima, por falta de políticas públicas, vontade política dos gestores e engajamento das comunidades. “Precisamos assumir nossa responsabilidade na preservação do planeta e dar ao mundo esse exemplo de cidadania. Sem falar que teremos muitos outros benefícios, como o aumento na geração de emprego e renda, uma cidade mais limpa e o desenvolvimento de uma maior consciência ambiental”, disse.
Precisamos assumir nossa responsabilidade na preservação do planeta e dar ao mundo esse exemplo de cidadania. Sem falar que teremos muitos outros benefícios, como o aumento na geração de emprego e renda, uma cidade mais limpa e o desenvolvimento de uma maior consciência ambiental – prefeita de Santa Cruz do Sul Helena Hermany
Quando a coleta seletiva estiver funcionando a pleno, a projeção do governo é alcançar uma redução de 30 por cento dos materiais atualmente encaminhados para o aterro sanitário e aumentar o índice de reciclagem, que hoje é de 12 por cento. “Para que esse projeto tenha êxito a adesão e o engajamento da comunidade são fundamentais, portanto reforço o meu pedido para que as pessoas participem. Não adianta implantarmos a coleta seletiva no município se em casa a população não colaborar fazendo a separação e encaminhando os resíduos de forma adequada”, alertou o secretário municipal de Meio Ambiente, Saneamento e Sustentabilidade, Jaques Eisenberger,
Os recicláveis recolhidos pela Conesul serão destinados para serem comercializados pela Coomcat, gerando renda para as famílias dos cooperativados. A estimativa com a ampliação da coleta é de que sejam recolhidas mais 200 toneladas de materiais, entre papel, papelão, plástico, metal e vidro. O recolhimento feito hoje pela Coomcat no Centro e em mais 14 bairros do entorno, resulta no recolhimento de 60 toneladas, porém a expectativa é chegar a 270 toneladas. A empresa hoje também é responsável pelas coletas convencional e por meio de contêineres na zona urbana.
Coleta + Santa Cruz
O desafio a partir de agora é conseguir a adesão da população, mostrando para as pessoas a importância de fazerem a separação domiciliar, colocando em um saco os rejeitos e orgânicos e em outro os materiais recicláveis. A orientação é que o descarte próximo às lixeiras seja feito sempre nos dias e horários estabelecidos para evitar rompimento dos sacos e também impedir que o conteúdo se espalhe causando sujeira nas vias e entupimento de bocas de lobo.
Além de reduzir a quantidade de materiais que são encaminhados pela prefeitura para o aterro em Minas do Leão – cerca de 33,5 mil toneladas por ano -, o que vai representar uma economia para os cofres municipais, a ampliação da coleta seletiva também vai garantir o aumento de renda para dezenas de famílias que sobrevivem da reciclagem e contribuir para reduzir a poluição no planeta, promovendo sustentabilidade e preservação ambiental.
Dentre as ações para buscar a adesão da comunidade, está também a divulgação nas escolas, através do Projeto Troca Solidária, que teve início em outubro do ano passado. Cada quatro quilos de papel, metal, papelão, vidro e/ou plástico ou ainda uma garrafa Pet com dois litros de óleo vegetal usado e entregue pelo aluno ou aluna na escola, por ocasião da edição do projeto, dá direito a uma sacola com um quilo de alimento, contendo produtos adquiridos diretamente de agricultores familiares do município. Até o momento já foram realizadas sete edições, com 2,3 toneladas de resíduos sólidos recolhidos e 146,50 litros de óleo usado.
Na hora de fazer a separação, é importante saber que são considerados recicláveis papéis, plásticos, vidro, metais, latinhas, garrafas pet e papelão. Já na categoria de resíduos orgânicos e rejeitos estão restos de comida, erva-mate, papel higiênico e guardanapo.