Cinco dicas de como realizar a gestão financeira dos negócios

Por Gabrielle Pacheco

A inovação é um dos pontos mais discutidos quando se fala na criação de empresas e negócios. Assim, ter uma ideia inovadora e que se diferencie no mercado é a maior busca de quem empreende atualmente. Porém, para que a ideia saia do papel e se torne viável, é fundamental estar atento a itens básicos, como a gestão financeira da sua empresa.

Pensando nisso, a professora da Escola de Negócios da PUCRS, Frederike Mette organizou sugestões sobre conceitos básicos que você precisa saber quando decide empreender. Confira as dicas:

Fluxo de Caixa

você já deve ter ouvido falar de fluxo de caixa, não é? Então, o controle de entradas e saídas de dinheiro é a principal ferramenta de organização financeira para a sua empresa. Além disso, para uma gestão eficiente de capital de giro, entender o fluxo de caixa é essencial, pois ele demonstra a real geração de recursos que a empresa teve (diferente do lucro do exercício).

Gerir o fluxo também auxilia a compreender qual a necessidade de recursos que uma empresa precisa manter em caixa a fim de cumprir suas obrigações e gastos mensais em dia. Afinal, na maioria das vezes, uma venda (principalmente aquelas realizadas de forma parcelada e a prazo) pode demorar para ser convertida em dinheiro no caixa.

Finanças pessoais X finanças da empresa

Nunca, jamais, misture suas finanças pessoais e familiares com as finanças empresariais. No momento em que cometemos essa falha, fica difícil de identificar qual é o real erro de gestão, caso a conta caia no “vermelho”. Ou seja, muitas vezes o empreendedor acaba pagando algumas contas pessoais com o dinheiro do caixa da empresa, assim como cobre alguma eventual necessidade empresarial com seu próprio recurso. O problema é que, na maioria dos casos, tudo é feito sem um controle efetivo dessas entradas e saídas. Essa falha também pode ser cometida no momento de captar algum empréstimo. Por isso, evite utilizar sua conta pessoal para captar recursos para a empresa. Resumidamente, nunca misture seu CPF com seu CNPJ.

O segredo não é o quanto você ganha, mas o quanto você gasta

Sim, o essencial não é ter receita e sim ter um lucro. Mas qual a diferença entre ambos? A receita incorre o valor monetário ganho em decorrência das vendas, já o lucro é a sobra de recursos a partir da diferença da minha receita e dos meus gastos. Portanto, a regra básica é, além de maximizar suas vendas, reduzir ao máximo os seus gastos.

Nem sempre um aumento no faturamento garante um aumento nos lucros. Também é importante lembrar que, o lucro é diferente do saldo que você terá em caixa. O lucro somente analisa o que você ganhou e gastou em um período, já o saldo de caixa identifica o que realmente entrou e saiu de dinheiro no mesmo período.

Diferença entre dívida boa e dívida ruim

Nem sempre estar endividado significa que há algo errado. É fundamental saber a diferença entre dívidas boas e dívidas ruins. A dívida ruim todos conhecem: é àquela que possui altas taxas de juros e que crescem de forma exponencial, como as dívidas de cheque especial e cartão de crédito. Mas o que seria uma dívida boa? São àquelas com juros baixos e que utilizamos, normalmente, para aumentar o nosso patrimônio. Por exemplo, linhas de financiamento habitacionais tendem a apresentar taxas de juros atrativas (melhores do que a maioria dos investimentos com menor risco) ou linhas de crédito empresariais subsidiadas pelo governo. Uma dívida boa pode potencializar seu negócio.

Precificação de produtos

Para precificar um produto, ou seja, colocar o valor monetário que será cobrado para adquiri-lo, você precisa compreender muito mais do que os custos e taxas que pagos durante a produção. O segredo é identificar qual é a percepção de valor agregado que o cliente busca ao adquirir o produto. Se seus produtos entregarem o valor desejado, quem consome estará disposto a pagar o preço. Assim, o segredo é convergir o valor percebido e o preço a ser cobrado.

Adicionalmente, é muito importante conhecer a sua concorrência e qual o preço cobrado por produtos/serviços que podem ser alternativas àquilo que você comercializará. Nesta etapa, não economize em pesquisas de mercado, a fim de compreender o macro e micro ambiente que irá se inserir e, desta forma, desenvolver a estratégia mais adequada de inserção. Assim, a precificação acaba sendo uma consequência de etapas bem executadas.

Foto: Divulgação | Fonte: Assessoria
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