Cartilha de projeto social da Feevale orienta sobre enfrentamento da violência contra a mulher

Por Gabrielle Pacheco

Com o objetivo de prevenir as agressões contra as mulheres, principalmente durante a pandemia, o projeto social Laços de Vida, desenvolvido pela Universidade Feevale, por meio da Pró-Reitoria de Pesquisa, Pós-graduação e Extensão (Proppex), lançou a cartilha Informações para a população sobre enfrentamento à violência contra a mulher.

O Laços de Vida desenvolve, através dos grupos de apoio e de oficinas de arteterapia, a melhora da condição psíquica, da construção da autonomia e do protagonismo social de mulheres em situação de vulnerabilidade psíquica e socioeconômica. O trabalho é realizado nos Centros de Referência de Assistência Social (Cras), de Novo Hamburgo.

Disponibilizado no formato digital, o material elaborado pela equipe do projeto, liderado pela professora Ronalisa Torman, traz informações para a identificação e o enfrentamento à violência, os riscos do isolamento social e como as vítimas podem obter ajuda. A cartilha pode ser acessada gratuitamente no site.

Conforme Ronalisa, a cartilha visa auxiliar as mulheres a entenderem o que é violência doméstica e a expandir a interferência do projeto social na comunidade. “Verificamos, com base nos dados oficiais, a diminuição nos casos de feminicídio, mas, ao mesmo tempo, constatamos que a violência doméstica tem aumentado durante esse período de isolamento”, destaca.

“Queremos que as vítimas entendam e saibam identificar os tipos de violência e possam se ver dentro do ciclo e se encorajar a denunciar.”

Tipos e padrão cíclico

A cartilha informa os cinco tipos de violências sofridas pelas mulheres: física, moral, patrimonial, psicológica e sexual, que apresentam um padrão cíclico, divido em três fases.

Aumento da tensão: o agressor tenso e irritado por coisas insignificantes, chegando a ter acessos de raiva. Humilha a vítima, faz ameaças e destrói objetos. A mulher tenta acalmar o agressor, fica aflita e evita qualquer conduta que possa “provocá-lo”.

Ataque violento: é a explosão do agressor, ou seja, toda a tensão acumulada na fase 1 se materializa em violência verbal, física, psicológica, moral ou patrimonial.

Lua de mel: caracteriza-se pelo arrependimento do agressor, que se torna amável para conseguir a reconciliação. A mulher se sente confusa e pressionada a manter o seu relacionamento diante da sociedade, sobretudo quando o casal tem filhos. Há um período relativamente calmo, mas a tensão volta e, com ela, as agressões da fase 1.

Onde buscar ajuda

Brigada Militar: Disque 190

Disque Direitos Humanos – Secretaria Nacional de Direitos Humanos: Disque 100

Secretaria Nacional de Políticas para as Mulheres: Disque 180

Polícia Civil para denúncias via WhatsApp: (51) 98444-0606

CREAS Viva Mulher (Av. Pedro Adams Filho, 5848, Novo Hamburgo): (51) 3097-9482

Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (R. Júlio de Castilhos, 806, Novo Hamburgo): (51) 3584-5801

Procuradoria Especial da Mulher (R. Almirante Barroso, 261, Novo Hamburgo): (51) 3594-0560 ou acessando o portal

Núcleo de Apoio aos Direitos da Mulher (Nadim) da Universidade Feevale (ERS-239, 2755, Novo Hamburgo): (51) 3586-9215

Foto: Divulgação | Fonte: Assessoria
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