Câmara de Novo Hamburgo homenageia 25 anos do colégio São Marcelino Champagnat

Por Amanda Krohn

Em sessão plenária, a Câmara de Vereadores de Novo Hamburgo homenageou, nesta quarta-feira (17), os 25 anos do Colégio Marista São Marcelino Champagnat. Voltado para a educação de jovens e adultos (EJA), a instituição fornece aulas inteiramente gratuitas em turmas de ensino fundamental e médio e já formou mais de 5,6 mil alunos. A homenagem foi uma iniciativa do vereador Enio Brizola (PT).

Batizado em homenagem ao fundador do Instituto dos Irmãos Maristas, congregação mundial com atuação em 80 países, o educandário teve origem em uma ação voltada a pessoas carentes que integravam atividades pastorais na Vila Iguaçu no final da década de 1970. É dessa época a ligação entre Enio Brizola e o estabelecimento de ensino. Ex-aluno da iniciativa organizada pela congregação no bairro Canudos, o vereador revelou uma dívida de gratidão para com os irmãos maristas.

“Chegamos a Novo Hamburgo nesse período, vindos lá do Alto Uruguai, atrás do sonho e do emprego. Tivemos a sorte de morar em frente ao Centro Social Marista, na Vila Iguaçu. Foram períodos de intensa formação, religiosidade e ações de solidariedade, aprendizado e atividades comunitárias”, recordou.

Depois de quase duas décadas no bairro, o projeto transformou-se, em 11 de agosto de 1997, no Supletivo Champagnat, já instalado junto ao prédio do Colégio Pio XII. Hoje, o Colégio Marista São Marcelino Champagnat conta com aproximadamente 500 estudantes, amparados pelo trabalho de 50 educadores.

“Fazer esta homenagem é falar de pessoas que tiveram suas vidas transformadas por meio de um ensino de qualidade. Mais de 10 mil jovens, adultos e idosos que não tiveram condições de estudar no tempo certo, mas que sempre desejaram ter o ensino médio completo”, destacou Brizola. “Para quem busca somente o diploma, uma EJA virtual é bem mais fácil. Mas, para quem busca conhecimento, o Colégio São Marcelino Champagnat oferece transformação de vida, em uma estrutura adequada para o desenvolvimento de suas aulas”, complementou.

Mais de 10 mil jovens, adultos e idosos que não tiveram condições de estudar no tempo certo, mas que sempre desejaram ter o ensino médio completo.

Inscrições

Antes do término de sua fala, o parlamentar fez questão de destacar que a instituição está com matrículas abertas, com turmas desde o 7º ano do ensino fundamental até o 3º ano do ensino médio. As inscrições podem ser feitas presencialmente, das 18h às 22h, na avenida Nicolau Becker, 182, no bairro Vila Rosa. O diretor do colégio, Antonio Morés, reforçou que as aulas são inteiramente gratuitas. “Nossos atendimentos são ofertados mediante bolsas de estudo integrais para pessoas em situação de vulnerabilidade social. Oferecemos transporte gratuito e um espaço verdadeiramente privilegiado de estudo e crescimento pessoal”, frisou.

Mais de 5,6 mil estudantes diplomados

Da tribuna, Morés recontou a chegada dos primeiros irmãos maristas ao Rio Grande do Sul e a implantação de sua proposta educacional no Vale do Sinos. “Em 1978, alguns irmãos maristas, instigados pela situação em que viviam as pessoas das periferias de Novo Hamburgo, constituíram uma comunidade de inserção na Vila Iguaçu”, resgatou. “Naquele momento histórico, a cidade vivia o auge da atividade calçadista, e muitas pessoas eram atraídas de outras localidades. A possibilidade de emprego fácil ocasionou um inchaço populacional. E esse grande processo migratório desencadeou uma série de situações sociais, tais como acentuados níveis de vulnerabilidade”, completou.

Segundo o educador, o trabalho com a comunidade da Vila Iguaçu buscou aliar conhecimento e formação humana, metodologia mantida a partir da criação do colégio em 1997. “Nesses 25 anos de história, tivemos mais de 11 mil estudantes matriculados. Desses, 1.870 concluíram o ensino fundamental e 3.800, o ensino médio. Temos a certeza de que muitas vidas foram transformadas nessa caminhada”, contou o diretor.

Presidente da Comissão de Educação da Câmara, Felipe Kuhn Braun (PP) salientou o trabalho dos professores da instituição coaduna com a proposta iniciada pelo próprio Marcelino Champagnat nas primeiras décadas do século 19. “Lá atrás, ele já trabalhava projetos catequistas e a educação de jovens e adultos, especialmente para os mais humildes e a população rural”, afirma. “As pessoas nunca poderão nos tirar a formação e a informação, que nos dão capacidade de sonhar e materializar dias melhores para nós e para os nossos”, acrescentou.

Fotos: Tatiane Lopes/CMNH | Fonte: Assessoria
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