Bandeira preta em Novo Hamburgo era possibilidade real

Por Gabrielle Pacheco

Para a prefeita de Novo Hamburgo, Fátima Daudt, o anúncio da bandeira preta na Região 7, que abrange 15 cidades da região, era uma possibilidade real. “Temos observado uma alta considerável no número de pessoas que procuram atendimento no Centro Covid instalado junto ao Hospital Municipal ao longo desta semana. Além disso, venho alertando as pessoas quanto ao perigo de eventos e festas clandestinas. Todos precisam assumir suas responsabilidades. Não dá para fugir das responsabilidades individuais contra a covid”, destacou a prefeita.

Já o prefeito em exercício e vice-prefeito de Novo Hamburgo, Márcio Lüders, alerta para a necessidade de todos redobrarem os cuidados, como usar máscara, lavar as mãos com frequência e evitar aglomerações. “Sabemos que as próximas três semanas serão muito difíceis. As pessoas precisam entender que nossa estrutura hospitalar é finita. Depende de cada um de nós sairmos desta situação”, alerta.

A procuradora-geral do Município, Fernanda Luft, destaca que a bandeira preta determina o fechamento de tudo, permitindo apenas os serviços essenciais. “Durante o anúncio, o governador Eduardo Leite decretou lockdown das 22h às 5h, suspendendo todas as atividades e recomendando que esta suspensão já seja adotada a partir deste sábado e até dia 1º de março”, esclarece. Fernanda também destaca que na segunda-feira a Federação das Associações Municipais (Famurs) deve se reunir com o governador para acertar o fim temporário da co-gestão, que permitia maior flexibilização nas regiões.

Já o secretário municipal de Saúde, Naasom Luciano, alerta para que as pessoas procurem as emergências do Hospital Municipal e das UPAs Centro e Canudos somente em caso extremamente grave, como emergência com risco de morte. “Nossa estrutura está no limite. Neste momento, precisamos focar no combate à covid. Por isso, pedimos a compreensão de todos para esta grave situação”, completa Naasom.

Restrições da bandeira preta

Confira as principais restrições impostas pela bandeira preta na região:
– Praças, parques, ruas: proibida a permanência, permitido apenas a circulação.
– Bares, restaurantes, lanchonetes e lancherias: somente tele-entrega, drive thru e pegue e leve.
– Buffet: fechado.
– Comércio: fechado, somente comércio de produtos essenciais, sendo que trabalhadores mais clientes devem ter a ocupação de uma pessoa, com máscara, para cada 8 m² de área útil de circulação, respeitando limite do PPCI.
– Educação: suspensas todas as aulas presenciais. Exceção: curso superior (atividades práticas essenciais para conclusão de curso da área da saúde, como pesquisa, estágio curricular obrigatório, laboratórios e plantão).
– Teatros, auditórios, casas de espetáculos, casas de show, circos e similares, cinema, drive in, eventos, seminários, biblioteca, museu, CTG, clube de futebol, clubes sociais: fechado.
– Cabeleireiro, pet shop: fechado.
– Missa: reduz de 30% para 25% a ocupação da área com presença de público.
– Condomínios: fechamento de áreas comuns.
– Academias: fechado.
– Transporte de passageiro: redução de 60% para 50% ocupação de ônibus.
– Administração Pública: reduz de 75% de presença de trabalhadores para 25%.

Foto: Divulgação
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