Agricultores ecologistas abastecem lar de idosos em Santa Cruz do Sul

Por Gabrielle Pacheco

A pandemia repercutiu em vários setores, entre os quais o da agricultura familiar. No Vale do Rio Pardo, somada à seca que causava prejuízos há meses às lavouras e criações de animais, a crise sanitária gerou consequências para a venda e distribuição dos alimentos produzidos e exigiu dos agricultores adaptações. Venda em feiras e distribuição direta nas residências, para alguns, abriram novos mercados, minimizando parte das perdas financeiras.

Uma iniciativa na busca de novos mercados foi intermediada pela Unisc, entre um grupo de agricultores ecologistas e um residencial para a terceira idade. Desde agosto, o grupo vem abastecendo o residencial Laranjeiras, no bairro Higienópolis, com hortigranjeiros. Duas vezes por semana, os agricultores entregam no lar frutas, verduras e legumes para as refeições de 42 idosos residentes e 20 funcionárias nas duas casas desta geriatria.

Uma das proprietárias da casa, Rosemeri Henz, explica que a proposta da Unisc de apresentar ao lar a agricultura familiar ecologista da região veio num momento especial, “em que mais do que nunca é preciso cuidar integralmente da saúde dos residentes e o alimento é um componente importante no cuidado com os idosos”, ressaltou. Ela disse, ainda, qeu a ação do residencial contribui com o segmento da agricultura familiar regional num momento econômico difícil.

Na mesma direção estava a intenção do projeto de extensão da Unisc que organizou a parceria, gerando renda a quem produz na região e alimento saudável à população. É o que explicam a professora Ângela Felippi, coordenadora do projeto com foco na Comunicação da Agroecologia, e o agrônomo Jaime Weber, doutorando em Desenvolvimento Regional da Unisc, os que articularam a aproximação entre agricultores e residencial.

Um dos agricultores que comercializa alimentos livres de agrotóxicos e adubos químicos, Perci Frantz, reforça as vantagens deste novo canal de vendas. “Fornecemos alimentos saudáveis a um público que é mais sensível e garantimos renda fixa, que é revertida em mais investimentos na produção ecológica”, salientou.

Foto: Divulgação | Fonte: Assessoria
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