Após um longo período de estagnação, as famílias brasileiras retomam os hábitos de consumo e devem movimentar R$ 4,4 trilhões na economia até o final deste ano, o que significa um aumento real de 3% (variação de R$ 240,7 milhões) em relação a 2017. Esses são os principais destaques do estudo IPC Maps 2018, especializado no cálculo de índices de potencial de consumo nacional, com base em dados oficiais.
A abertura de novas empresas passa a manter um padrão de crescimento, sobretudo sadio, compatível com a realidade atual. O trabalho conclui, ainda, que, o fenômeno da interiorização, em ascensão desde 2015, começa a perder sua participação no cenário do consumo (de 55% em 2017, cai para 54% neste ano), cedendo espaço ao restante do Estado, representado pelas capitais e, principalmente, suas regiões metropolitanas, cuja evolução é da ordem de 45% para 45,8%.
Esse novo cenário deve-se muito mais pelas cidades próximas das capitais, também conhecidas como cidades-dormitório, do que pelas capitais propriamente ditas, que também sofreram uma pequena redução”, afirma Marcos Pazzini, responsável pela pesquisa.
De acordo com o levantamento, o perfil dos gastos nas capitais de 29,8% caiu para 29,6%. A população total registra 209,2 milhões de habitantes, com 84,7% (177,2 milhões) residindo na área urbana. O consumo per capita urbano soma R$ 23.365,89, enquanto o rural, R$ 9.511,79.