Câncer de pele é o mais comum entre os brasileiros

Por Gabrielle Pacheco

Dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca) apontam o câncer de pele como o tipo de maior incidência entre os brasileiros, correspondendo a cerca de 30% dos diagnósticos de câncer. A cada ano, cerca de 180 mil novos casos são registrados em todo o país, colocando a comunidade médica e os órgãos do setor em alerta. A cirurgiã plástica da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, Dra. Andrea Oliveira, explica que fatores predisponentes, como as listadas abaixo, são as principais causas de uma incidência alta e de diagnósticos de lesões mais avançadas:

  • tipos de pele (mais claras e mais sensíveis);
  • exposição solar (país tropical e de alta incidência de solaridade anual);
  • agravantes como falta de proteção solar diária e de exames de rotina para câncer de pele.

A médica, que é membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica – SBCP e do Grupo Brasileiro de Melanoma, também ressalta que a maioria dos casos de câncer de pele podem ser evitados com medidas simples de fotoproteção. “O uso de protetor solar é muito associado às atividades externas, principalmente ao lazer em praias e piscinas. No entanto, a exposição solar diária, durante as atividades rotineiras do dia a dia, como na locomoção a pé, no carro ou transporte coletivo, nas atividades de educação física e, especialmente, dos trabalhadores ao ar livre, é muito mais danosa à saúde da pele do que a exposição intencional”, afirma a especialista.

“O uso de protetor solar é muito associado às atividades externas, principalmente ao lazer em praias e piscinas.”

Ainda sobre o uso do protetor, a profissional afirma que, mesmo com o Fator de Proteção Solar (FPS) adequado, a exposição solar deve ser até as 10 horas da manhã e a partir das 16 horas, sempre; não se esquecendo da proteção adicional de chapéus e óculos com lentes adequadas.
“Além disso, o protetor solar deve ser reaplicado a cada duas horas, ou após mergulhar no mar ou piscina. Aos atletas, existem protetores mais estáveis ao suor”, conta.

A especialista alerta que o câncer da pele pode se assemelhar a pintas, eczemas ou outras lesões benignas. Desta forma, conhecer bem a pele e saber em quais regiões existem pintas faz toda a diferença na hora de detectar qualquer irregularidade. Apenas um exame clínico feito por um médico especializado ou uma biópsia podem diagnosticar o câncer da pele, mas é importante estar atento aos seguintes sintomas:

  • Uma lesão na pele de aparência elevada e brilhante, translúcida, avermelhada, castanha, rósea ou multicolorida, com crosta central e que sangra facilmente;
  • Uma pinta preta ou castanha que muda sua cor, textura, torna-se irregular nas bordas e cresce de tamanho;
  • Uma mancha ou ferida que não cicatriza e continua a crescer apresentando coceira, crostas, erosões ou sangramento.
Foto: Reprodução | Fonte: Assessoria
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