Com o intuito de estimular o debate sobre a sustentabilidade e compartilhar visões e soluções inovadoras para os desafios da gestão ambiental nas empresas, o Hospital Moinhos de Vento realizou, nesta quarta-feira (27), a primeira edição do Summit Ambiental, com o tema “Nossa natureza é cuidar de vidas”. O evento marcou o encerramento das atividades do mês do meio ambiente na instituição.
Para Evandro Moraes, Superintendente Administrativo e idealizador da iniciativa, a adesão dos públicos interno e externo consolidou o evento no calendário da instituição como um importante espaço de diálogo sobre a gestão dos impactos ambientais e a conexão da inovação com a natureza.
“Superamos as expectativas ao conseguirmos, ao mesmo tempo, divulgar todas as ações pioneiras que desenvolvemos aqui no hospital e ainda agregar outras visões vindas das universidades, do Ministério Público, da indústria, enfim, provocar essa discussão que envolve todos os segmentos da sociedade”, destacou.
O CEO do Moinhos de Vento, Mohamed Parrini, lembrou que a relação de respeito do hospital com o meio ambiente vem desde a sua fundação e segue como prioridade no planejamento estratégico e na pauta decisória da gestão, como legado para as futuras gerações.
Há 91 anos a instituição mantém um bosque com mais de 3 mil m² de área verde preservada, abrigando uma flora de plantas exóticas e nativas e fauna diversa com 18 espécies de aves.
“E mesmo com a necessidade de expansão da área física, mantivemos o compromisso com a manutenção dessa área tão especial e ampliamos nossas ações para reduzir ao máximo os impactos ambientais da nossa atuação”, reforçou Parrini.
O desafio de pensar a gestão ambiental em um hospital que gera mensalmente mais de 200 toneladas de resíduos e o atual posicionamento foi detalhado na sequência pelo gestor ambiental, Rogério Almeida, com destaque para o pioneirismo do Hospital Moinhos de Vento no mercado hospitalar brasileiro com a criação da Central de Transformação de Resíduos. Desde a construção da unidade, em 2017, o Moinhos trata internamente todos os seus resíduos infectantes, deixando de enviá-los para aterros sanitários.
“Além disso, como consumidor de energia elétrica em grande escala, também firmamos contrato com a terceira maior geradora de energia eólica do mundo. E garantimos o selo verde de geração de energia limpa pelo uso de fontes energéticas alternativas”, complementou Almeida, citando ainda que o hospital pretende implantar em breve seu projeto de gaseificação de resíduos sólidos.
A ótica da Academia sobre a importância de uma nova proposta de educação ambiental foi trazida pelo professor universitário John Wurdig. Para ele, a transformação do relacionamento da sociedade com o meio ambiente só virá do amor das pessoas pelo próximo, pelo seu entorno e por suas cidades.
Junto com o menino Yuri Silva dos Santos, de 14 anos, Wurdig apresentou os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sutentável – metas globais conhecidas como ODS. Yuri é um dos integrantes do projeto EcoEducadores, desenvolvido pelo professor na Unirriter com crianças e adolescentes da Vila Cruzeiro.
Convidada a palestrar sobre a Proteção Ambiental pela ótica do Ministério Público, a Dra. Annelise Monteiro Steigleder trouxe informações sobre o papel da instituição, tanto na responsabilização civil e criminal por danos ao meio ambiente quanto no fomento de políticas públicas e fiscalização das leis.
A programação também apresentou alguns cases de sucesso na indústria e na mobilidade urbana, e de start ups voltadas para soluções ambientais. Bicicletas feitas de material reciclado foram sorteadas entre os participantes como incentivo ao uso de transportes não poluentes e ao engajamento no grupo de ciclismo do Hospital Moinhos de Vento.