O aumento do consumo de cigarros eletrônicos por parte da população brasileira traz riscos também para os pets. Os animais de estimação, curiosos por natureza, podem se ver tentados a se aproximar desses dispositivos e, se o fizerem, podem sofrer graves consequências. A médica-veterinária e gerente Técnica do Grupo Hospitalar Pet Support, Juliana Dhein, alerta para os principais riscos destes itens para os animais.
De acordo com Juliana , o principal risco dos cigarros eletrônicos para os animais está na ingestão de líquido, cartucho ou caneta. “Se um animal de companhia ingerir, os sinais de envenenamento por nicotina e ou propilenoglicol, podem ocorrer rapidamente devido à rápida absorção no trato gastrointestinal”, alerta a especialista. De acordo com a médica-veterinária, coma, cianose (gengivas azuis) e até morte são possíveis com exposições a altas doses destas substâncias. “Os sinais podem incluir vômitos, salivação, diarreia, agitação, respiração rápida, frequência cardíaca alta ou baixa, ritmo cardíaco anormal, tremores, fraqueza e oscilação muscular, pressão arterial alta ou baixa, depressão respiratória e convulsões”, aponta Juliana.
A especialista também explica que o envenenamento requer tratamento imediato em uma clínica veterinária. Cuidados domiciliares não são aconselhados mesmo em casos de exposição a pequenas doses. O tratamento geralmente inclui monitoramento rigoroso e tratamento de anormalidades cardíacas e neurológicas, além de tratamento de suporte para os sintomas apresentados. Embora o maior risco esteja associado à ingestão das substâncias, a exposição à fumaça pode causar problemas respiratórios já que os pets se tornam fumantes passivos.
Para manter os animais de estimação seguros, é fundamental manter os cigarros eletrônicos e seus componentes fora do alcance deles. Em caso de suspeita de que o pet ingeriu algum componente de um cigarro eletrônico, é extremamente necessário procurar imediatamente orientação veterinária.