Unisc inicia 2ª fase de testes rápidos para Covid-19 no município, em pesquisa do Governo do Estado

Por Gabrielle Pacheco

A primeira fase da pesquisa inédita, realizada pelo Governo do Rio Grande do Sul em parceria com a Ufpel, revelou que o número de pessoas que já contraíram o novo coronavírus pode ser sete vezes maior do que os casos notificados. Agora, a segunda etapa acontece entre os dias 25 e 27 de abril, com o objetivo de realizar 4,5 mil testes rápidos e entrevistas, em nove cidades gaúchas. A Unisc, sendo uma das universidades que apoia a iniciativa, conta com apoio de acadêmicos e professores voluntários das áreas da saúde, que estarão visitando residências de forma aleatória em Santa Cruz do Sul.

O estudo irá mapear os casos de coronavírus no estado, avaliar a velocidade de disseminação da Covid-19 e fornecer subsídios para estratégias de saúde pública baseadas em evidências científicas. “Esta união de universidades, pesquisadores e órgãos públicos de saúde é fundamental para o combate à Covid-19. O vírus é novo para todo o mundo e precisamos entendê-lo para definir ações de enfrentamento. Mais uma vez, colocaremos equipes nas ruas para auxiliar nesta importante iniciativa”, reforça a reitora da Universidade de Santa Cruz do Sul, Carmen Lúcia de Lima Helfer.

A pesquisa possui um total de quatro rodadas de exames e entrevistas, realizadas em intervalos de duas semanas entre cada uma, com previsão de que a última fase ocorra entre os dias 23 e 25 de maio. É essencial que a população colabore com os pesquisadores e se disponibilize a participar da iniciativa, pois, segundo o Secretário da Saúde de Santa Cruz do Sul, Régis de Oliveira Júnior, “a partir das respostas do estudo, poderemos definir e reavaliar medidas, além de conhecer o melhor caminho para enfrentamento à pandemia”.

Como é realizada a pesquisa?

Para realizar as entrevistas e testes rápidos para a Covid-19 na população, os entrevistadores da pesquisa irão visitar 500 domicílios neste fim de semana em Santa Cruz do Sul. O mesmo ocorre simultaneamente nas outras oito cidades participantes do estudo. A escolha dos municípios ocorreu por serem localidades sentinela das regiões demográficas do RS, segundo critérios do IBGE. Ao todo, serão 4,5 mil participantes que poderão realizar o teste rápido. A escolha dos moradores ocorre através de sorteios por inteligência artificial, que determinam domicílios de forma aleatória.

Durante a visita, os entrevistadores aplicam um breve questionário e coletam uma amostra de sangue (uma gota) da ponta do dedo do participante, que será analisada pelo aparelho de teste em, aproximadamente, 15 minutos. O teste detecta a presença de anticorpos, que são defesas produzidas pelo organismo depois de sete a dez dias da data de contágio pelo vírus. Dentro desse período, o resultado pode apontar negativo, mesmo que a pessoa tenha contraído o novo coronavírus. Em caso de resultado positivo, os participantes recebem orientações e são contatados para acompanhamento da secretaria de saúde local.

Os pesquisadores são profissionais voluntários da área de saúde, devidamente identificados e munidos de equipamentos de proteção individual (EPI), garantindo a segurança dos moradores. A pesquisa tem o apoio das secretarias de saúde, centros de vigilância epidemiológica e órgãos de segurança pública dos municípios. Em caso de dúvida sobre a procedência dos agentes da saúde, por abordagem suspeita ou solicitação de informações sigilosas, como, por exemplo, contas bancárias, deve ser acionado o serviço da Brigada Militar ou da Guarda Municipal, a fim de evitar golpes.

Os custos do estudo, de R$ 1,5 milhão, têm financiamento da Unimed Porto Alegre, do Instituto Cultural Floresta, também da capital, e do Instituto Serrapilheira, do Rio de Janeiro. Os resultados serão divulgados por integrantes da coordenação do estudo e do Governo do RS em aproximadamente 48 horas após a finalização de cada rodada do inquérito populacional.

Foto: Divulgação | Fonte: Assessoria
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