Técnico da Trensurb moderniza equipamento de testes de componentes

Por Gabrielle Pacheco

Há cerca de dois meses, no laboratório do Setor de Sinalização (Sesin) da Trensurb, uma jiga de testes que estava sem utilização desde 2011 tem sido recolocada em uso. A ideia foi do técnico em eletrotécnica Bruno da Silva Rosa, que também é formando em engenharia mecânica pela Unirriter. Depois de conversar com supervisores do setor, ele resolveu trabalhar na modernização e automação da jiga como o projeto do seu trabalho de conclusão de curso. Além do orientador da instituição de ensino – o professor Jean de Dieu Mveh –, Bruno foi supervisionado no projeto pelos supervisores de manutenção da Trensurb, Edson Tadeu Monteiro e Jaime Bueno.

Uma jiga de testes é um equipamento que possibilita o teste de componentes do sistema metroferroviário fora do local original de instalação. “Basicamente, você simula o funcionamento do equipamento fora do seu lugar e verifica se está com os parâmetros semelhantes aos originais. Por exemplo, podemos usar para placas de sincronismo de horário, para placas de sistema de som e para as máquinas de chave”, explica Bruno.

No processo de modernização da jiga, foram incluídos dispositivos de segurança ao usuário como botão de emergência, chave geral e sinais luminosos que indicam que o equipamento está energizado. Inicialmente, o equipamento podia ser utilizado para testagem das máquinas de chave do pátio da Trensurb e da via principal no trecho original, entre as estações Mercado e Sapucaia. A máquina de chave é o equipamento utilizado para controlar um aparelho de mudança de via, que, por sua vez, permite a transição de um trem de uma via para a outra, formando desvios. Com a conclusão do projeto de Bruno, no início deste mês, mudanças adicionais na jiga foram realizadas para possibilitar o uso com as máquinas de chave do trecho entre as estações Sapucaia e Novo Hamburgo.

A jiga de testes traz o benefício de possibilitar a testagem e conserto de equipamentos fora da via, mas Bruno destaca também que ela facilita a obtenção e troca de conhecimento. “Além de ser utilizada para o teste efetivo, ela pode servir de apoio para colegas que desejarem pesquisar sobre o equipamento”, afirma o técnico. Segundo ele, “hoje, o pessoal que detém conhecimento sobre os processos da máquina de chave, em sua maioria, tem mais de 30 anos de empresa. Com a jiga, temos o ambiente propício para que esses conhecimentos possam ser transferidos mais rapidamente aos novos. E torna esse processo de aprendizado mais didático e seguro” – dispensando o deslocamento até a via do metrô.

Foto: Divulgação | Fonte: Assessoria

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