Conforme o Boletim Epidemiológico 35 do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS/RS), divulgado ontem (26), há, atualmente, 191 casos confirmados de Monkeypox no Rio Grande do Sul, estando 219 sob investigação. Um dos responsáveis pelas análises é o Laboratório de Microbiologia Molecular (LMM) da Universidade Feevale. Além dele, somente outros dois – sendo um deles o Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen/RS) – são habilitados pela Secretaria Estadual da Saúde (SES) para realizar o diagnóstico da doença no Estado.
Além de produzir ciência, também contribuímos para o avanço científico e tecnológico, atendendo às demandas da sociedade.
O LMM, conforme a SES, dispõe dos requisitos exigidos para integrar a sub-rede de diagnóstico, conforme a Portaria SES Nº 908/2022. É credenciado, ainda, junto à Rede Previr, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), para investigação de casos de infecção por vírus Monkeypox em animais.
A coordenadora do mestrado em Virologia da Feevale, Juliane Fleck, destaca que, para possuir esta habilitação, os laboratórios passam por rigorosa avaliação, o que demonstra a qualidade do trabalho desenvolvido pelo LLM e a possibilidade de contribuir e se alinhar com as políticas públicas de saúde, por meio do desenvolvimento de procedimentos que visam à saúde única. “A certificação do laboratório como integrante da sub-rede de diagnóstico de Monkeypox no Estado, além do credenciamento junto à Rede Previr, nos deixa muito felizes porque mostra que estamos conseguindo atingir os objetivos do mestrado em Virologia, ou seja, além de produzir ciência, também contribuímos para o avanço científico e tecnológico, atendendo às demandas da sociedade”, afirma Juliane.
Como é feita a coleta das amostras
A pesquisadora destaca que a população possui, ainda, muitas dúvidas sobre como é feita a coleta das amostras para diagnóstico de varíola dos macacos. Por isso, esclarece que são coletadas secreções das lesões de mais fácil acesso, bem como das crostas, mas sempre as que são mais fáceis de localizar. “Normalmente, fazemos a coleta de mais de um ponto, mas damos preferência às lesões mais acessíveis, seja no pescoço, nos braços, no tronco”, explica.
Saiba mais
Os interessados em realizar exames para o diagnóstico da doença devem agendar o serviço com a Diretoria de Inovação da Universidade Feevale, pelo e-mail tecnologico@feevale.br ou pelo telefone (51) 98295-0945. A coleta acontece no Câmpus II da Universidade Feevale (ERS-239, 2755, Novo Hamburgo).