De acordo com levantamento realizado em todas as regiões do país pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em parceria com o Sebrae, aproximadamente 95 mil vagas serão abertas no país até dezembro. Entre os empresários que pretendem abrir vagas, 77% afirmam querer suprir a demanda que normalmente aumenta nesse período. Apesar da redução no número de vagas que devem ser criadas, a pesquisa aponta que 87% dos empresários não fizeram demissões nos últimos três meses, isto é, 10 pontos percentuais acima do registrado em 2021.
“Apesar do dado ser positivo, ficou abaixo do registrado na pesquisa de 2021 (105.723 vagas), quando havia um otimismo relacionado à atenuação da pandemia e o retorno à uma normalidade depois de dois anos fora do contexto causado pelo fechamento dos estabelecimento”, afirmou o presidente da Federação Varejista do Estado do Rio Grande do Sul, Ivonei Pioner.
De acordo com o levantamento, 69% dos entrevistados afirmam que pretendem manter o número de funcionários para o 2º semestre, enquanto 16% pretendem aumentar o quadro de colaboradores. 26% dos empresários afirmam que já contrataram ou pretendem contratar funcionários para o final de ano. Os principais motivos entre os que não contratarão são: não acreditam que haverá um aumento significativo da demanda que justifique as contratações (35%), não possuem verba suficiente para contratações (25%) e os encargos trabalhistas serem muito altos (19%).
Considerando os empresários que já contrataram ou irão contratar funcionários para o fim do ano, a pesquisa mostra que pouco mais da metade (55%) pretende contratar mão de obra temporária e 32% pretendem fazer contratações por tempo indeterminado. Entre as empresas que farão contratações temporárias, 78% farão contratações neste formato com duração de até 3 meses. A média de funcionários contratados temporariamente será de 1,5. Considerando a forma da contratação, 49% afirmam que fará contratações informais e 48% farão contratações com registro. Apenas 14% farão contratações de terceirizados.
A pesquisa foi realizada entre proprietários ou responsáveis pela gestão de empresas de todos os portes dos setores de comércio e serviços, nos 27 27 estados brasileiros. Com o método de coleta CATI/telefone, foram coletados 770 casos, gerando uma margem de erro no geral de 3,5 p. p. para uma confiança a 95%. Os dados abrangem o período entre o dia 10 de agosto e 2 de setembro de 2022.