O sistema prisional do Rio Grande do Sul atingiu, nesta semana, a meta de produção de 100 mil máscaras de proteção. Os acessórios são confeccionados totalmente por mão de obra prisional e envolvem cerca de 200 presos em 24 casas prisionais de todas as regiões do Estado.
A meta inicial era produzir esse número em um mês, afirma Elisandra Minozzo, chefe do trabalho prisional do Departamento de Tratamento Penal da Susepe. Mas Elisandra explica que as atividades não acabarão por aqui: “como não temos previsão exata do final da pandemia, daremos continuidade ao projeto, com a mesma meta mensal”.
Ao todo, foram produzidas mais de 110 mil máscaras, que são utilizadas pelos presos e pelos servidores, de acordo com as normas de saúde e as normas técnicas internas. Além disso, parte da produção é doada. Já foram oferecidas a outras instituições, parceiros ou para a comunidade pouco mais de 27 mil unidades.
Embora a produção seja feita pelos presos, os servidores também são peça fundamental nesse trabalho. A delegada da 8ª Região Penitenciária, Samantha Longo, deixa claro a felicidade dos servidores em fazerem parte deste projeto. “Nos sentimos emocionados, em razão de ter, neste momento, uma forma de retornar a servidores, apenados e comunidade, todo o auxílio que prestam aos presídios”, conta Samantha.
A delegada também destaca a importância desse trabalho para as apenadas, já que assim, além de elas “terem uma ocupação diária, que traz benefícios pessoais, também contribuem com a sociedade”, explica.
O trabalho prisional é uma das principais diretrizes da Seapen e da Susepe. O secretário, Cesar Faccioli, destaca: “este número que atingimos agora comprova o acerto de termos apostado nessas oficinas e o quanto elas podem ser positivas para a sociedade”.
O Superintendente da Susepe, Cesar da Veiga, concorda com Faccioli. “O trabalho é de extrema importância para a recuperação dos presos. Essas oficinas também mostram o compromisso da Secretaria e da Superintendência com toda a sociedade”, diz Veiga.