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Saúde

Montenegro inaugura centro especializado para pessoas com autismo no dia 15

Por Jonathan da Silva
Por Jonathan da Silva

Montenegro inaugurará o CAS/TEA – Centro de Atenção à Saúde da Pessoa com Transtorno do Espectro do Autismo no próximo dia 15 de outubro. O serviço, que receberá o nome de Dominó, funcionará na Rua Ricardo Jahn, 320, e será voltado ao atendimento especializado de crianças e adolescentes com diagnóstico ou em investigação de autismo, ampliando a política municipal de atenção à saúde mental.

Segundo a diretora de Saúde Mental da Secretaria Municipal da Saúde, psicóloga Daiana dos Santos Gallas, o CAS/TEA terá uma equipe composta por psicólogo, terapeuta ocupacional, fisioterapeuta, psicopedagoga, musicoterapeuta, nutricionista e neuropediatra. Os atendimentos serão realizados mediante agendamento, após encaminhamento da rede pública de saúde ou por acolhimento espontâneo, com o objetivo de facilitar o acesso da comunidade.

Atualmente, o acompanhamento de pacientes com TEA em Montenegro é feito pelo CAPS Infantil. Com a implantação do CAS/TEA Dominó, a expectativa da Secretaria da Saúde é expandir o número de atendimentos e qualificar ainda mais o cuidado especializado.

Avanço na rede de saúde mental

A secretária da Saúde de Montenegro, Andreia Coitinho da Costa, destacou a relevância da inauguração para a rede local. “Com o CAS/TEA Dominó, Montenegro passa a oferecer um espaço estruturado e preparado para acolher as especificidades das pessoas com autismo e suas famílias, fortalecendo nossa rede e garantindo mais dignidade e atenção integral”, afirmou a titular da pasta.

Transtorno do Espectro Autista

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição do neurodesenvolvimento que afeta a comunicação, o comportamento e a interação social. Os sinais costumam aparecer nos primeiros anos de vida, e o diagnóstico precoce é considerado essencial para o desenvolvimento da pessoa com TEA. Nos anos mais recentes, os diagnósticos têm aumentado em todo o Brasil, refletindo tanto maior incidência quanto avanço na conscientização e capacitação de profissionais. Estimativas internacionais indicam que uma em cada 36 crianças pode estar dentro do espectro, o que reforça a importância da criação de serviços especializados como o CAS/TEA Dominó, voltados ao acompanhamento contínuo e multidisciplinar.

Foto: Divulgação | Fonte: Assessoria
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Projetos especiais

Igrejinha inicia curso de formação para apoio a estudantes com TEA

Por Jonathan da Silva
Por Jonathan da Silva

A Prefeitura de Igrejinha deu início ao curso “Formação de Profissionais de Apoio para Estudantes com Transtorno do Espectro Autista (TEA)”. A iniciativa é promovida através do programa municipal Formar Igrejinha, em parceria com o Senac, e as aulas acontecem na Escola Municipal de Ensino Fundamental Machado de Assis.

Com carga horária de 80 horas e oferecido na modalidade de aperfeiçoamento, o curso tem como finalidade desenvolver competências para atuação no acompanhamento pedagógico e no cuidado cotidiano de estudantes com TEA. A proposta busca colaborar com a equipe escolar e com as famílias na construção de um ambiente inclusivo, respeitoso e favorável ao desenvolvimento da aprendizagem.

Público e conteúdo

Gratuita, a formação conta com 15 alunos inscritos. O público é composto por profissionais da educação, cuidadores, auxiliares de sala, assistentes escolares, familiares de pessoas com TEA e interessados na área da educação inclusiva. O conteúdo inclui desde legislações e direitos da pessoa com TEA até estratégias pedagógicas, práticas de comunicação alternativa, observação e registro de especificidades sensoriais e comportamentais, além de temas relacionados à diversidade, equidade e inclusão.

Habilidades desenvolvidas

Durante o curso, os participantes terão a oportunidade de desenvolver habilidades práticas, como aplicar estratégias pedagógicas planejadas pela equipe docente, utilizar recursos de Comunicação Aumentativa e Alternativa (CAA), adaptar materiais de apoio, mediar interações escolares e colaborar na elaboração de planos individualizados de acompanhamento.

O que é o programa Formar Igrejinha

A formação integra o programa Formar Igrejinha, que tem como objetivo qualificar cidadãos e ampliar as oportunidades de inserção no mercado de trabalho. Segundo a Prefeitura, a iniciativa reafirma o compromisso do município com o desenvolvimento econômico e a promoção da inclusão social.

Foto: Renato Salomon/PMI/Divulgação | Fonte: Assessoria
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Cidades

Cisvale promove formação sobre autismo para educadores do Vale do Rio Pardo

Por Jonathan da Silva
Por Jonathan da Silva

O Consórcio Intermunicipal de Serviços do Vale do Rio Pardo (Cisvale), por meio do Centro Regional de Referência em Transtorno do Espectro do Autismo (Centro TEA) do programa Estadual TEAcolhe, realiza nesta quarta-feira, 13 de agosto, mais uma etapa da formação continuada para profissionais da educação que atuam com alunos diagnosticados com Transtorno do Espectro Autista (TEA). O evento será realizado no auditório da Faculdade Dom Alberto, em Santa Cruz do Sul, a partir das 19h, reunindo educadores dos 13 municípios da 28ª Região de Saúde.

A palestra integra o programa “Acolher é Desenvolver” e abordará desafios e possibilidades da educação inclusiva. O módulo será conduzido pela especialista Adriana Latosinski Kuperstein, com foco em oferecer instrumentos práticos, escuta qualificada e novas abordagens para fortalecer o aprendizado e a convivência escolar de alunos com TEA.

Compromisso com a inclusão

O presidente do Cisvale, Gilson Becker, afirmou que o compromisso com a inclusão começa com a capacitação de quem atua na linha de frente. “Incluir é mais do que adaptar currículo, é transformar a forma como enxergamos o outro. E para isso o professor precisa de conhecimento, acolhimento e estrutura. Esse é um dos objetivos do Centro TEA”, pontuou Becker.

A palestrante Adriana destacou o papel da escola na identificação precoce. “Muitas vezes, é ali que os primeiros sinais do autismo são percebidos. Por isso, o professor tem papel essencial. Quando ele acredita, adapta e acolhe, ele transforma. E para transformar, é preciso estar preparado”, reforçou Adriana.

Quem é Adriana Latosinski Kuperstein

Adriana Latosinski Kuperstein é pedagoga com licenciatura em Educação Especial para Deficiência Intelectual, especialista em autismo e intervenção comportamental, com formação internacional em instituições como a University of North Carolina (EUA) e a Sociedad Venezolana de Niños y Adultos Autistas (Venezuela). Atua desde 1994 como diretora técnica da Refazendo, com experiência em assessoria a escolas, famílias e profissionais da saúde e educação no Brasil e no exterior.

Foto: Divulgação | Fonte: Assessoria
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Projetos especiais

Projeto “Autismo para Muitos” busca apoio para manter ações gratuitas à população

Por Jonathan da Silva
Por Jonathan da Silva

A Pandorga Formação, segmento educacional da Associação Mantenedora Pandorga, de São Leopoldo, está em campanha para arrecadar recursos que permitam a continuidade do projeto “Autismo para Muitos”, que oferece gratuitamente capacitações e materiais educativos sobre Transtorno do Espectro Autista (TEA) para famílias, pessoas autistas, cuidadores e profissionais. As contribuições podem ser feitas via Imposto de Renda Solidário ou por Pix direto à instituição.

Criado com o objetivo de educar, sensibilizar e qualificar a população sobre o TEA, o projeto “Autismo para Muitos” oferece ações como bolsas de estudo gratuitas, cursos online acessíveis e materiais didáticos. Ao todo, são 19 cursos disponíveis na plataforma, além de palestras personalizadas e os “Cadernos Pandorga de Autismo”, brochuras com conteúdo introdutório para apoio a familiares, cuidadores e profissionais.

Desde sua fundação, a Pandorga Formação já distribuiu mais de 1.600 bolsas de estudo para pessoas autistas e seus familiares e mais de 450 bolsas para estudantes de licenciatura e professores, alcançando 550 municípios em todo o Brasil.

Doações por Imposto de Renda

A diretora da Pandorga Formação, responsável pelo projeto, informa que é possível apoiar a iniciativa por meio do Imposto de Renda Solidário. A destinação pode ser feita durante o ano-calendário ou no momento da declaração, até 30 de maio de 2025. O projeto está habilitado a receber doações por meio do Fundo Municipal da Criança e Adolescente de São Leopoldo.

Doações via Pix

Também é possível apoiar financeiramente a iniciativa por meio de transferência via Pix, com os seguintes dados:

Após a doação, o comprovante pode ser enviado para o e-mail contato@pandorgaformacao.com.br, com a indicação se a contribuição será anônima ou pública.

Mais detalhes

Mais informações sobre o projeto e a Pandorga Formação podem ser obtidos pelo WhatsApp (51) 99537-1331.

Foto: PV Productions/Freepik/Reprodução | Fonte: Assessoria
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Cidades

Morro Reuter promove evento gratuito sobre autismo nesta quarta-feira

Por Jonathan da Silva
Por Jonathan da Silva

A Prefeitura de Morro Reuter realiza nesta quarta-feira, 23 de abril, um evento gratuito voltado à abordagem do Transtorno do Espectro Autista (TEA), inclusão e diversidade. A atividade ocorre no Centro de Cultura, com início às 18h, e é promovida pelas secretarias municipais de Educação, Cultura e Desporto e de Saúde, Meio Ambiente e Assistência Social.

A programação inicia com a palestra “De quem e para quem falamos?”, ministrada pela fonoaudióloga Marliese Godoflite. Ela também é psicopedagoga, mestre em Diversidade Cultural e Inclusão Social, diretora da Apae Ivoti e responsável técnica pelo TEAcolhe CRR7 regional Novo Hamburgo. Na palestra, abordará questões relacionadas à diversidade e à inclusão de pessoas com autismo.

Peça teatral encerra o evento

Às 19h, será apresentado o espetáculo “Do outro lado da cerca mora um amigo”, da Curto Arte Companhia de Teatro. A peça trata do tema do autismo por meio de uma abordagem artística.

O evento é aberto ao público e busca ampliar a discussão sobre o autismo e a inclusão no município.

Foto: Divulgação | Fonte: Assessoria
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Saúde

Abril Azul destaca importância do diagnóstico precoce do autismo

Por Jonathan da Silva
Por Jonathan da Silva

Durante o mês de abril, a Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul (SPRS) está destacando a importância do diagnóstico precoce do Transtorno do Espectro Autista (TEA) como parte das ações do Abril Azul, campanha que busca promover a inclusão e conscientização sobre o tema. A entidade chama atenção para o papel do pediatra na identificação dos primeiros sinais do transtorno e no acompanhamento do desenvolvimento infantil desde os primeiros meses de vida.

O TEA é um transtorno do neurodesenvolvimento que pode afetar a comunicação, o comportamento e a interação social da criança, com manifestações que variam em forma e intensidade. Segundo o médico pediatra do Desenvolvimento e Comportamento e membro do Comitê de Desenvolvimento e Comportamento da SPRS, Dr. Renato Santos Coelho, a atuação precoce do pediatra pode ser decisiva na trajetória da criança com autismo. “O pediatra é o profissional que tem a oportunidade de identificar esses aspectos desde muito cedo. Ele muitas vezes realiza consultas ainda no hospital, está presente junto à família no final da gestação e acompanha o recém-nascido já na sala de parto. Esse profissional entra na intimidade da família, tornando-se, de certa forma, o médico da família, e segue acompanhando a criança ao longo do tempo. Por isso, é fundamental que o pediatra conheça o desenvolvimento típico infantil. Esse conhecimento é essencial para que ele consiga identificar, precocemente, os bebês que apresentam um desenvolvimento atípico”, afirmou Santos Coelho.

Intervenções baseadas em evidências

A SPRS reforça que a intervenção precoce, desde que baseada em evidências, pode contribuir para a melhora na qualidade de vida da criança com TEA. As ações incluem a suavização de sintomas, a promoção da inclusão escolar e social e a redução de impactos emocionais, educacionais e econômicos para as famílias e para a sociedade.

Formação contínua é necessária

O aumento na prevalência de casos de TEA, associado à ampliação dos critérios diagnósticos e ao desenvolvimento de novos instrumentos de rastreamento, aponta para a necessidade de formação continuada dos profissionais da saúde, além de educadores e familiares, como medida essencial para garantir o suporte adequado às crianças com o transtorno.

Foto: Divulgação | Fonte: Assessoria
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Saúde

Servidores municipais de São Leopoldo recebem laço de conscientização do autismo

Por Jonathan da Silva
Por Jonathan da Silva

No Dia Mundial de Conscientização do Autismo, celebrado nesta quarta-feira (2), servidores da Prefeitura de São Leopoldo participaram de uma ação de sensibilização promovida pela Secretaria Municipal de Direitos Humanos. Durante o evento, foram distribuídos laços com peças de quebra-cabeças coloridas e incentivado o uso da cor azul, símbolos da conscientização sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA).

O secretário de Direitos Humanos de São Leopoldo, Leonardo Klaus, ressaltou a importância da iniciativa. “No Dia da Conscientização do Autismo, reforçamos a importância da inclusão, da visibilidade e da equidade, promovendo uma sociedade mais acessível e justa para todas as pessoas”, afirmou o titular da pasta.

A ação também contou com a participação da servidora municipal Gilvane Pereira, conhecida como Gil, que recebeu o diagnóstico de TEA neste ano. Telefonista na Prefeitura há 28 anos, ela compartilhou sua experiência e enfatizou a relevância do conhecimento sobre o transtorno. “É importante a família prestar atenção, dar ouvidos aos professores. Muitas pessoas negam por conta de ignorarem o que é o TEA. O acesso à informação sobre o autismo é importante porque isto tira o medo e o preconceito. Conhecer e identificar a pessoa atípica é importante para que as pessoas ajudem a tornar o ambiente mais acolhedor”, comentou Gilvane.

O que é o TEA?

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um distúrbio caracterizado por alterações no neurodesenvolvimento que afetam a comunicação verbal e não verbal, a interação social e o comportamento. Entre as manifestações estão a repetição de ações, hiperfoco em objetos específicos e restrição de interesses. O transtorno pode variar de graus leves, permitindo independência parcial, até casos em que a pessoa necessita de suporte para atividades cotidianas ao longo da vida.

Foto: Pedro Selistre/Divulgação | Fonte: Assessoria
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Projetos especiais

Evento em Canoas oferece apoio e orientação a autistas e familiares

Por Jonathan da Silva
Por Jonathan da Silva

A Prefeitura Municipal de Canoas, em parceria com o Instituto Maranatha, realizará nesta sexta-feira, 4 de abril, o evento “TEA Orienta Canoas – Todos pela Neurodiversidade”, no Parque Getúlio Vargas, em frente ao ParkShopping Canoas. A iniciativa, que ocorre das 9h às 17h, tem como objetivo oferecer apoio e orientação a pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e suas famílias.

Durante o evento, haverá encaminhamento para a emissão da Carteira de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (Ciptea). Para solicitar o documento, os interessados devem apresentar relatório médico, identidade, fotografia 3×4 e documento do responsável legal.

Além disso, tendas de acolhimento estarão disponíveis para atendimento com terapeutas do Instituto Maranatha, que fornecerão orientação sobre diagnóstico e intervenção para autistas.

Palestras e atividades lúdicas

A programação inclui palestras com especialistas e atividades voltadas ao bem-estar. Pela manhã, a psicóloga do Instituto Maranatha, Luana Garcia, que também está no espectro autista, compartilhará sua experiência pessoal e profissional no atendimento a autistas. No período da tarde, uma arteterapeuta do Instituto Maranatha realizará atividades lúdicas para crianças, promovendo interação e expressão.

Importância do evento

A presidente executiva do Instituto Maranatha, Nara Effel, destaca que a iniciativa visa ampliar o conhecimento e reduzir barreiras enfrentadas por autistas e suas famílias. “Nosso compromisso é com a inclusão e o acolhimento. Estar nesse evento é uma forma de levar informação de qualidade, oferecer suporte e reforçar a importância de políticas públicas que garantam direitos e acessibilidade para as pessoas com TEA”, afirmou Nara.

O evento é aberto ao público e tem entrada gratuita.

Serviço

  • O quê: Evento de apoio a pessoas com Transtorno do Espectro Autista e suas famílias – TEA Orienta Canoas – Todos pela Neurodiversidade
  • Quando: Sexta-feira, 4 de abril, das 9h às 17h
  • Onde: Parque Getúlio Vargas, em frente ao ParkShopping, em Canoas (Av. Dr. Sezefredo Azambuja Vieira, 700 – Mal. Rondon, Canoas)
  • Quanto: Entrada gratuita
Foto: Divulgação | Fonte: Assessoria
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Saúde

Pesquisa da Faders aponta crescimento no número de pessoas com autismo no RS

Por Jonathan da Silva
Por Jonathan da Silva

A Fundação de Articulação e Desenvolvimento de Políticas Públicas para Pessoas com Deficiência e com Altas Habilidades no Rio Grande do Sul (Faders) divulgou, nesta quarta-feira (2), os resultados da pesquisa “Características da População com Autismo no Rio Grande do Sul”. O levantamento apontou que, entre junho de 2021 e janeiro de 2025, foram registradas 36.430 solicitações da Carteira de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (Ciptea), das quais 33.169 foram aprovadas em 485 municípios. Em relação ao ano anterior, houve um acréscimo de 11.962 carteiras e a adesão de 20 novos municípios ao registro.

Os principais motivos de indeferimento das solicitações foram laudos médicos não reconhecidos e diagnósticos incompatíveis com o Transtorno do Espectro Autista (TEA). O titular em exercício da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes), Gustavo Saldanha, destacou a relevância do estudo para a formulação de políticas públicas. “Os dados nos permitem entender as necessidades e desafios da população com autismo no Rio Grande do Sul. Ter essa visualização do panorama é fundamental para a elaboração de políticas públicas assertivas”, afirmou Saldanha.

Perfil demográfico e mercado de trabalho

A pesquisa indicou que 72% das pessoas com autismo no estado são do sexo masculino. Além disso, 46% dos diagnósticos ocorreram até os 3 anos e 11 meses de idade. O estudo também mostrou que, em 33,31% dos casos, há mais de uma pessoa com TEA na mesma família.

No mercado de trabalho, 41% dos adultos com TEA estão empregados. Na educação, o levantamento apontou que 95% dos jovens entre 6 e 17 anos frequentam a escola.

Distribuição regional das carteiras Ciptea

A análise regional mostrou que a maioria das Cipteas está concentrada nos municípios mais populosos do estado. O presidente da Faders, Marquinho Lang, ressaltou a importância da pesquisa e da ferramenta Ciptômetro, que contabiliza as carteiras emitidas por município. “Ambos os dados se mostram essenciais para que os gestores públicos possam planejar e avaliar o impacto de campanhas de divulgação sobre o autismo, Ciptea e atuação da rede de apoio na efetividade das estratégias adotadas em diferentes regiões”, salientou Lang.

Entre os 28 Conselhos Regionais de Desenvolvimento (Coredes) do estado, o Corede Metropolitano Delta do Jacuí concentrou 29,66% das carteiras aprovadas. O Corede Vale do Rio dos Sinos registrou 13,84% e o Corede Sul, 9,23%. Os menores percentuais foram encontrados nos Coredes Celeiro (0,66%), Alto da Serra do Botucaraí (0,62%) e Nordeste (0,61%).

Porto Alegre foi a cidade com o maior número de solicitações, representando 16,93% do total. Em seguida, Caxias do Sul registrou 4,67%, Canoas, 4,56%, e Rio Grande, 4,81%. Em termos proporcionais, a cidade com maior número de Cipteas em relação à população foi Capivari do Sul (0,75%), seguida por Rio Grande (0,65%) e Alto Alegre (0,61%).

Desafios sociais e acesso à saúde

A pesquisa indicou ainda que 85% da população autista no estado está nas faixas de renda mais baixas, vivendo com até 1,5 salário-mínimo. A coordenadora de Pesquisa da Faders, Aline Monteiro, apontou que, de 2024 para 2025, houve uma redução no número de pessoas com Ciptea que possuem plano de saúde.

Foto: Bethania Haas Loblein/Ascom Faders/Divulgação | Fonte: Assessoria
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Cidades

CTG de Estância Velha acolheu famílias com crianças com Transtorno do Espectro do Autismo

Por Jonathan da Silva
Por Jonathan da Silva

O CTG Estância do Campo Grande, em Estância Velha, cedeu seu galpão para abrigar nove famílias com crianças com Transtorno do Espectro do Autismo. A ação surgiu de iniciativa do SEG – Grupo Solução em Gestão com o apoio do Programa TEAcolhe do Governo do Estado. A Prefeitura do município também prestou todo o apoio à ação com aval do prefeito Diego Francisco (PSDB).

O grupo liderado por Edmilson Kailer contou com o trabalho das coordenadoras Priscila Silva (coordenadora-geral), Marliese Godoflite (coordenadora dos voluntários) e Cátia Heidrich (coordenadora da cozinha), além de dezenas de colaboradores que atenderam e acolheram estas famílias. As doações vieram de Dois Irmãos e de Estância Velha. “Nossa cidade fez a sua parte para acolher todos que precisavam de apoio neste momento difícil. Ter um abrigo acolhendo pessoas com autismo é a prova de que nos preocupamos com o bem-estar de todos”, aponta o prefeito Diego.

No total, quatro abrigos para atingidos em geral foram instalados em Estância Velha e receberam cerca de 800 pessoas durante o mês de maio. Além disso, a cidade contou com abrigos de voluntários para os animais.

Ajuda da Prefeitura

O vice-prefeito de Estância Velha, Airton Haag, esteve no local nesta terça-feira (28) para oferecer ajuda de deslocamento às famílias que já retornam para suas casas. “Daremos o apoio necessário para estas famílias retomarem suas vidas com dignidade”, comenta Haag, que ofereceu doações de roupas e outros itens necessários para o recomeço da vida dos atingidos. “Hoje temos somente mais três famílias, as outras já retornaram para suas casas”, complementa a coordenadora Cátia.

Rumo ao recomeço

Geici Mara Pastorio, de 47 anos, e seus filhos Davi, de 13 anos, e Emanuel, de 16, já arrumam as coisas que receberam de doação pensando no recomeço. A família teve sua casa destruída em deslizamento de terra em Gramado, em novembro de 2023. Com isto, mudaram-se para o bairro Santo Afonso, em Novo Hamburgo, sendo mais uma vez atingidos por uma tragédia. “Estávamos em outro abrigo, mas o Emanuel (que é autista) estava muito agitado e com dificuldades de adaptação. Aqui fomos bem recebidos e tivemos um espaço tranquilo e reservado, o que acalmou ele”, explicou a mãe.

Família de Geici

Geici afirma não quer voltar para Novo Hamburgo e que irá procurar um lugar mais tranquilo para alugar uma casa e recomeçar. “Mesmo depois de tudo que passamos, eu preciso ter força e coragem para recomeçar, e pelos meus filhos eu vou ter esta força”, finalizou a mãe.

Segundo explicações das coordenadoras, a família de Geici deve ser transferida para um abrigo em Ivoti até encontrar um lugar para morar. “O abrigo aqui em Estância Velha será desativado até o final de semana, quando todas as famílias serão encaminhadas para suas casas ou para casa de parentes”, explicou Marliese.

Fotos: Sandra Costa/PMEV/Divulgação | Fonte: Assessoria
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