As férias seguem para a reta final e, mesmo que ainda há quem desfrute do descanso, já é tempo de pensar na compra do material escolar. Com a chegada desta despesa, que se junta a outras típicas de começo de ano, o ideal é pesquisar e economizar ao máximo. Encontrar o menor preço não é difícil, basta ter disposição, e o Procon de Novo Hamburgo reuniu algumas dicas para que o consumidor se proteja de preços abusivos e garanta a qualidade dos produtos que seus filhos usarão em sala de aula.
A pesquisa do Procon foi feita em 16 e 17/01 pelo assistente de Fiscalização, Lucas Coletto, com auxílio de Fabiana Loreni da Rosa e comparou preços de 16 principais produtos das listas de material escolar em nove estabelecimentos de várias regiões da cidade. Foram verificados os preços de produtos idênticos (mesma marca e modelo), assim como a variação de preço do mesmo produto, de acordo com a marca.
“O principal cuidado que o consumidor deve ter é em relação a compra de materiais com personagens, logotipos e acessórios licenciados, pois os preços são mais elevados. Em 2018, produtos idênticos (exemplo: caderno espiral 200 folhas capa dura) variava até 680%. Nesse ano, essa variação chega a 758%”, afirma a subprocuradora do Procon NH, Cláudia Schenkel.
Variação de até 758%
Para essa análise, o Procon priorizou os produtos idênticos, ou seja, mesma marca e modelo, para que o consumidor perceba que mesmo se tratando do mesmo tipo de produto, a variação de preço é considerável, o que pode incentivar o consumidor a desenvolver o hábito de pesquisar antes de comprar.
A maior variação para produtos idênticos verificada pelo órgão foi na régua. O menor preço encontrado foi de R$ 0,50, enquanto o maior chegou a R$4,29 – variação de 758%.
O preço mais elevado, normalmente, é relacionado a materiais com personagens, logotipos e acessórios licenciados. Contudo, nem sempre o material mais sofisticado é o de melhor qualidade ou o mais adequado.
Sempre que possível, o consumidor deve avaliar e comparar preços considerando marcas diferentes. Contudo, deve-se ter em mente que produtos com marcas menos conhecidas não significa, necessariamente, que o produto é de má qualidade. Essa equação de preço e qualidade deve sempre estar na balança na hora da compra.
Para se ter uma ideia, caderno universitário 10 matérias, 200 folhas, da marca com valor mais elevado custa R$41,50, enquanto o mesmo produto, com as mesmas especificações, porém de outra marca, custa R$8,99. A opção pela marca mais conhecida do produto pode resultar em um acréscimo de 361,62%.
Pesquisar é fundamental
Considerando os itens pesquisados, preços e estabelecimentos, pode-se haver uma grande e considerável economia. Com essas simulações, o Procon procura alertar os consumidores sobre a necessidade de pesquisar antes de comprar e a possibilidade de substituir as marcas em alguns produtos.
Da mesma forma, é importante observar a qualidade, durabilidade e segurança do produto para as diferentes faixas etárias, tendo em vista que, nem sempre, o mais caro é o melhor. Contudo, a decisão final é do consumidor, após analisar cuidadosamente sua situação financeira e real capacidade de pagamento, procurando sempre que possível alcançar o equilíbrio custo/benefício.