A Sociedade Brasileira de Dermatologia – Secção do Rio Grande do Sul (SBD-RS) reforçou, nesta semana, seu posicionamento contra o uso do polimetilmetacrilato (PMMA) em procedimentos estéticos no Brasil. A entidade se alinha à Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) na defesa da proibição da substância, utilizada no passado como preenchedor, devido aos riscos de complicações consideradas graves para os pacientes.
A SBD reforça que o PMMA pode causar reações inflamatórias, infecções e formação de granulomas, levando a efeitos irreversíveis e comprometendo a saúde dos pacientes. Segundo a entidade, os avanços na medicina tornaram desnecessário o uso do material, com alternativas mais seguras disponíveis. “Embora tenha sido bastante utilizado no passado, os avanços da medicina tornaram desnecessário o uso do PMMA. Hoje podemos contar com materiais mais seguros e que oferecem menor risco a longo prazo. O PMMA também teve seu papel importante no tratamento da lipodistrofia do HIV. No entanto, com os tratamentos mais atuais, esta condição é cada vez menos vista”, afirmou o presidente da SBD-RS, Dr. Juliano Peruzzo.
A SBD-RS atua em parceria com a SBD e o Conselho Federal de Medicina (CFM) na busca por alternativas seguras para os procedimentos estéticos e reforça a importância de a população buscar profissionais qualificados.
Orientação aos consumidores
A entidade alerta que todos os produtos utilizados em procedimentos médicos e estéticos precisam ser registrados na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), responsável pela avaliação de segurança e eficácia. Em caso de dúvidas sobre substâncias utilizadas em tratamentos, os consumidores devem buscar informações nos canais de atendimento da Anvisa e consultar dermatologistas habilitados.