A Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) destaca que a tarifa aérea no acumulado de sete meses de 2021 ainda é menor do que em 2019, antes da pandemia, apesar da pressão nos custos estruturais do setor aéreo, decorrente dos seguidos reajustes no valor do querosene de aviação (Qav) e da alta do dólar. Segundo os dados mais recentes da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a tarifa doméstica média real (corrigida pelo Ipca) entre janeiro e julho de 2021 foi de R$ 403,83, queda de 11,4% diante de igual período de 2019, quando a tarifa média foi de R$ 455,96. Foi o segundo menor valor da série histórica da Anac.
A tarifa média de janeiro a julho de 2021 ainda abaixo da registrada em 2019 contrasta com a escalada dos custos estruturais do setor. Na média do 2º trimestre, o valor do litro do querosene de aviação disparou 91,7%, na comparação com o mesmo período do ano anterior, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Anp). A desvalorização de 39,2% do real em relação dólar desde o início de 2020 ampliam este cenário desafiador, já que mais de 50% dos custos das empresas são indexados pela moeda norte-americana.