O Programa Municipal de Pacificação Restaurativa (Restaura NH) promoverá, nos dias 26 e 27 de maio, o 1º Curso Básico de Comunicação Não Violenta (CNV). As aulas serão ministradas através de videoconferência por Vivian Laube, especialista em CNV, professora universitária e palestrante.
O curso é voltado para facilitadores de Círculos de Justiça Restaurativa e Construção de Paz, profissionais em busca de qualificação e membros da comunidade. A iniciativa visa capacitar os participantes para a promoção do diálogo através de uma conexão autêntica entre as pessoas, expressando sentimentos e necessidades, num ambiente livre de críticas ou juízos de valor.
De acordo com Vivian, o dia a dia no trabalho é afetado pela falta de empatia e pela violência existentes nas relações de poder. A especialista lembra que existe violência em todo episódio em que uma pessoa faz com que outra se sinta culpada, com vergonha ou exposta. “Na comunicação, a violência está na intenção. Mesmo que uma demanda seja apresentada de forma educada, num tom de voz doce, pode haver ali uma ordem, uma exigência. Isso ocorre na medida em que não é aberto espaço para que seja analisado como isso é recebido pelo destinatário e qual poderia ser a melhor alternativa para a execução da tarefa”, explica.
Cada vez mais necessária no cotidiano das pessoas, a CNV é, também, uma ferramenta valiosa na busca pelo autoconhecimento. “Não podemos participar de uma conversa sem perceber como nos sentimos em relação ao assunto a ser debatido e qual a necessidade implícita que temos com esse tema”, ressalta Vivian.
O curso
Ao todo, 100 alunos, que previamente se inscreveram, receberão a capacitação. Em virtude das medidas adotadas pela administração municipal para combater a pandemia de Covid-19, as aulas serão ministradas por meio de videoconferência. Os sete módulos do curso terão carga horária total de 5h20 e serão divididos entre exposição de conteúdo e práticas de dinâmicas enviadas com antecedência aos participantes.
Para o secretário de Segurança de Novo Hamburgo, Roberto Jungthon, a realização do curso no formato EAD permitirá avaliar a execução de mais atividades neste modelo. “Uma ação que poderá ser replicada, na medida em que a avaliação for considerada positiva. A redução de custos em relação aos cursos presenciais e a possibilidade de revisitar o conteúdo a qualquer momento na internet também representam um diferencial interessante”, analisa.