De acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), após três reduções seguidas, o número de brasileiros com dívidas voltou a subir no último mês de 2020. Assim, a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) apontou que 66,3% dos consumidores estão endividados atualmente. Entretanto, mesmo com um cenário econômico delicado, milhares de pessoas veem a renegociação de dívidas como uma forma de amenizar os impactos na vida financeira. Assim, a QuiteJá , plataforma de recuperação de crédito, registrou um aumento de 23% em acordos realizados no estado do Rio Grande do Sul em dezembro de 2020.
Além disso, o levantamento apontou que o grande motivo das negociações são as ofertas de flexibilização para o pagamento, recebimento do 13° salário, além de facilidades para entrada e prazos oferecidas pelos grandes bancos e redes de varejo. Assim, na QuiteJá, a média no valor de dívidas negociadas é a partir de R$ 2.100,00 e as parcelas giram em torno de R$ 150,00.
Formule pelo menos duas propostas diferentes para quitar o débito, e registre isso detalhadamente, para usar durante a negociação com o credor.
De acordo com o CEO da QuiteJá, Luiz Henrique Garcia, a época é boa para renegociar dívidas e manter o nome limpo. “Devido a pandemia, as condições que estão sendo adotadas pelos credores de forma geral são muito atrativas. Quase uma ‘black week’ de negociação, que podem oferecer ao cliente taxas de juros bem menores, descontos em multas, parcelamento do débito, e dentre outras ofertas”, explica. “Se a pessoa possui condição para negociar, o ideal é não perder tempo e correr para aproveitar”, acrescenta Garcia.
É preciso conhecer suas dívidas
O executivo alerta ainda que o primeiro passo é sempre conhecer a sua dívida. “Parece algo óbvio demais, porém, algumas pesquisas mostram que, na realidade, a maioria dos brasileiros sequer sabe qual é o tamanho do seu endividamento”, afirma. “Recentemente, aqui na QuiteJá realizamos uma pesquisa que mostrou que 66,6% dos entrevistados se consideram endividados. Algumas pessoas não sabem o impacto que é deixar uma dívida em aberto, principalmente se for em cartão de crédito. É necessário pensar na melhor saída para pagar a dívida, com base na sua capacidade financeira”, explica o CEO.
Conforme Garcia, é preciso se preparar para a renegociação. “Formule pelo menos duas propostas diferentes para quitar o débito, e registre isso detalhadamente para usar durante a negociação com o credor. Após isso, exponha com transparência qual a sua realidade atual”, aconselha.