O professor Luiz Noschang, egresso da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra), relatou nesta segunda-feira (25), em encontros no campus Canoas, como funcionam os cursos e oportunidades de formação na Alemanha. A atividade, promovida pelas Relações Internacionais da Ulbra, reuniu estudantes de fisioterapia, psicologia, odontologia, direito, medicina e enfermagem, com o objetivo de apresentar caminhos para a qualificação acadêmica e profissional no país europeu.
Formado há 20 anos em Fotografia pela Ulbra, Noschang se mudou para a Alemanha, onde concluiu uma segunda graduação, além de mestrado e doutorado. Atualmente professor da Harz University, o docente também presta consultoria a brasileiros interessados em estudar no exterior. Durante a atividade, explicou o funcionamento do sistema educacional alemão e destacou que a experiência internacional pode representar um diferencial na carreira.
Desafios de adaptação
No entanto, Noschang ressaltou que a inserção em outra cultura exige preparo. “Mudar para outro país é quase nascer de novo, não tem amigos, não tem parente, é tudo novo”, afirmou o professor.
Segundo o egresso da Ulbra, áreas como a saúde oferecem maior acessibilidade para estrangeiros, enquanto o direito apresenta exigências específicas devido às diferenças legislativas. O professor também apontou que a formação anterior na instituição foi essencial para reduzir em cerca de dois anos a duração de sua graduação na Alemanha.
Caminhos para estudar no exterior
O docente detalhou ainda as etapas para quem busca formação na Alemanha. Para o bacharelado, é necessário o Studienkolleg, curso preparatório equivalente ao ensino médio, com duração de um a dois anos. No mestrado, exige-se aderência à área da graduação e proficiência em inglês. Já no doutorado, é preciso apresentar um projeto aprovado por um orientador local.
Importância da experiência internacional
O diretor de Relações Internacionais da Ulbra e professor do curso de medicina, Antônio Costa, destacou os ganhos acadêmicos e profissionais desse processo. “Estudar no exterior é dizer que você terá um diferencial na sua qualificação profissional. Não se trata de afirmar que o ensino é melhor do que no Brasil, mas de ampliar o repertório cultural, comunicativo e profissional”, pontuou Costa.
Parcerias internacionais da Ulbra
Reconhecida internacionalmente com classificação H+ pela Anabin (Anerkennung und Bewertung ausländischer Bildungsnachweise), a Ulbra mantém convênios com instituições de mais de 20 países, entre eles Alemanha, Estados Unidos, Espanha, Argentina e Chile. A universidade oferece possibilidades de mobilidade acadêmica para alunos, professores e técnicos, permitindo que estudantes realizem de um a dois semestres de seus cursos em universidades estrangeiras.

