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Saúde

Tratamentos avançados trazem boas perspectivas no combate ao câncer

Por Amanda Krohn 12/02/2023
Por Amanda Krohn

O câncer é uma doença desafiadora. Dados globais mostram que, em 2040, o número de novos casos de pessoas diagnosticadas com tumores malignos chegará a 28,4 milhões, tornando o câncer líder do ranking das doenças que mais afetam a população mundial. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), no Brasil, são esperados 704 mil novos diagnósticos de cânceres a cada ano do triênio de 2023 a 2025. No entanto, inovações na área da medicina trazem perspectivas positivas no combate à doença.

A ciência tem evoluído a passos largos, sinalizando um presente e futuro com boas perspectivas.

Para Carlos Gil, diretor médico do Grupo Oncoclínicas e Presidente do Instituto Oncoclínicas, a chegada de drogas inovadoras e condutas direcionadas para as especificidades de cada caso não só têm mostrado melhora nas chances de sobrevivência, mas também impactado de forma positiva os pacientes em todas as etapas da jornada de cuidado. “A ciência tem evoluído a passos largos, sinalizando um presente e futuro com boas perspectivas. Alternativas de terapias cada vez mais personalizadas e individualizadas trazem benefícios efetivos à qualidade de vida do paciente, com aumento nos índices de cura”, aponta.

Entre os divisores de águas na luta contra o câncer, há exemplos diversos já em aplicação. “Temos novidades que têm se mostrado bem sucedidas nos meio médico e científico, como a imunoterapia e o tratamento com anticorpos monoclonais. O chamado CAR-T também vem conquistando grande espaço em casos de tumores hematológicos, um avanço que se mostra animador quando nos referimos a em especial a leucemias e linfomas”, completa.

Carlos Gil enfatiza ainda que a produção de conhecimento na área da oncologia no Brasil e no mundo passa por uma fase de crescimento incomparável. Mas, mesmo sinalizando os próximos anos como positivos e de chegada de avanços, lembra que há desafios no tocante às aprovações necessárias para adoção dos testes moleculares e chegada de novas medicações, como também na garantia do acesso igualitário à toda sociedade. Apesar da ressalva, o médico garante que há motivos para comemorar e indica que a informação é ferramenta essencial para assegurar o protagonismo a todos, pacientes ou não, em um momento de mudanças nos paradigmas da doença.

Análise genômica é palavra de ordem

O avanço dos estudos envolvendo o genoma humano, código genético presente nas células e de forma única em cada indivíduo, fez com que nos últimos anos a análise dos genes se tornasse parte indispensável das áreas da medicina. Dentro delas, a oncologia vem se beneficiando tanto na precisão diagnóstica, quanto na eficácia do tratamento – ambas proporcionadas por essas avaliações.

Segundo Carlos Gil, exames que ajudam a detectar o perfil molecular de tumores como de pulmão, intestino e próstata têm se mostrado importantes aliados no controle da condição. “Esse tipo de teste proporciona maior precisão e melhor qualidade no diagnóstico, o que é fundamental para uma definição precisa do tratamento. Isso porque, apenas conhecendo com precisão as células malignas o profissional de saúde conseguirá especificar o melhor tratamento para aquele caso”, comenta.

Neste cenário de amplos avanços científicos, ele menciona, ainda, a patologia digital, por unir inteligência artificial, big data e conhecimento médico altamente especializado para gerar análises ainda mais precisas para um diagnóstico assertivo. “A transformação digital e implementação de ferramentas de inteligência computacional vêm se mostrando altamente efetivas na redução do tempo de detecção de casos e indicação de melhores linhas de cuidado a serem adotadas para cada paciente”, destaca.

Individualização e imunoterapia

O conhecimento cada vez maior de como as células cancerígenas funcionam em cada tipo de organismo foi o avanço necessário para implementar outros tratamentos que têm revolucionado a oncologia. O principal deles é a imunoterapia, citada no Prêmio Nobel de Fisiologia e Medicina de 2018.

Esse tipo de tratamento biológico tem o objetivo de potencializar o sistema imunológico do indivíduo para combater o câncer. “A prática terapêutica vem apresentando resultados muito significativos para diversos tumores, especialmente mama, pulmão, colo de útero, endométrio, melanoma e cânceres de cabeça e pescoço”, diz o oncologista.

As terapias-alvo também se mostram cada vez mais eficazes e são boa notícia para os próximos anos. “Os testes com esses medicamentos têm mostrado resultados excelentes, principalmente para tumores de mama e de ovário”, frisa. O tratamento é feito com substâncias que foram desenvolvidas para identificar e atacar características específicas das células cancerígenas, bloqueando o crescimento do tumor e permitindo que o organismo do paciente recupere as condições para derrotá-lo.

Anticorpos monoclonais: menos toxicidade e maior efetividade

As terapias conjugadas de quimioterapia com anticorpos, também vem ganhando considerável espaço na oncologia. Nesses casos, a combinação leva a quimioterapia diretamente para a célula cancerígena, focando o tratamento apenas nela, o que diminui a toxicidade para o organismo, ao mesmo tempo que aumenta a efetividade do tratamento. É importante, contudo, frisar que para alcançar bons resultados com essas terapias, um fator é primordial: conhecer profundamente o tipo de câncer e as características de cada paciente e cada célula, para atingir a doença com mais precisão. “É preciso estar equipado com tecnologia que identifique as alterações genéticas com detalhes. Não são muitos locais que oferecem esse tipo de tratamento”, afirma Carlos Gil.

Alternativa de sucesso para tumores sanguíneos

Uma nova opção de tratamento para os tipos de câncer que afetam o sangue, como linfoma e leucemia, vem sendo estudada: o CAR-T, uma terapia genética que usa células do próprio paciente modificadas em laboratório para combater o câncer. A estratégia consiste em habilitar células de defesa do corpo (linfócitos T) com receptores capazes de reconhecer o tumor e atacá-lo de forma contínua e específica. O CAR-T é uma combinação de várias tecnologias, envolvendo a terapia gênica, imunoterapia e terapia celular. Nos Estados Unidos e na Europa já existem produtos comercialmente disponíveis, enquanto no Brasil já há também medicamentos com autorização de registro e aplicação aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

O alto custo para a produção preocupa, mas o avanço é inegável: o tratamento conquistou popularidade no Brasil na segunda metade de 2019, quando um paciente com linfoma não Hodgkins avançado do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP, no interior de São Paulo, foi considerado o primeiro paciente da América Latina a alcançar a remissão da doença com uso das células CAR-T.

Para o diretor médico do Grupo Oncoclínicas, a estratégia usada para o tratamento abre frentes para uso não só em tumores hematológicos, como linfomas e leucemia, podendo possivelmente ser usada para qualquer tipo de câncer. “A metodologia já conta com pesquisas voltadas a protocolos para diversos tipos de cânceres que afetam as células sanguíneas e há expectativas de que, em um futuro próximo, seja possível o uso do CAR-T em tumores sólidos, como em casos de câncer no pâncreas que já está em discussão”.

Panorama do Câncer

Entre os tipos de tumor mais comuns no Brasil, o câncer de pele do tipo não melanoma continua na liderança. No recorte por gênero, a neoplasia de mama entre as mulheres e a de próstata nos homens permanecem como pontos de atenção, figurando no topo da lista quando observada essa divisão da população. Além disso, outros tipos de câncer com alta incidência, como o de pulmão e intestino, ambos podem estar ligados a hábitos de vida pouco saudáveis, como dieta rica em gordura e tabagismo, apresentam elevadas taxas. Nas pesquisas deste ano, o estudo levou em conta mais de 21 tipos de cânceres, considerando, pela primeira vez, também os tumores de pâncreas e fígado.

Apesar do cenário exigir atenção da população e dos órgãos de saúde, o especialista reforça que o acompanhamento médico periódico e realização de exames de rotina para detecção precoce do câncer, aliados às novas frentes avançadas de tratamento da doença, são a chave para que os índices de incidência não levem ao também aumento das taxas de letalidade. “Precisamos estimular a conscientização da população em geral sobre a detecção precoce de tumores. Quanto mais cedo descoberta a doença, melhor o prognóstico, com resultados positivos às terapias e maiores chances de cura”, finaliza Carlos Gil Ferreira.

Foto: Divulgação | Fonte: Assessoria
12/02/2023 0 Comentários 742 Visualizações
Saúde

Dezembro Laranja terá prédios e estruturas públicas iluminadas no RS

Por Amanda Krohn 29/11/2022
Por Amanda Krohn

O Dezembro Laranja foi criado com o objetivo de tornar o movimento ainda mais conhecido pela sociedade, informar sobre a doença, sensibilizar sobre as formas de prevenção e contribuir para o diagnóstico correto. Entre os diversos locais que receberão a iluminação laranja estão previstos o Palácio Piratini, sede do governo estadual; a sede do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio Grande do Sul (Cremers), a Associação Médica do Rio Grande do Sul (Amrigs), o Sindicato Médico do Rio Grande do Sul e os estádios Beira Rio e Arena do Grêmio e a Unimed. O câncer da pele é considerado o mais prevalente na população brasileira, tanto entre os homens quanto entre as mulheres. Na região Sul do Brasil, o percentual de casos desta patologia está entre os mais altos do nosso país. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca) o câncer de pele é o tipo mais frequente no Brasil e corresponde a cerca de 30% de todos os tumores malignos registrados no país. Possui bom prognóstico se detectado em sua fase inicial.

Foto: Fred Colorado/Divulgação | Fonte: Assessoria
29/11/2022 0 Comentários 484 Visualizações
Saúde

30 mil brasileiras por ano são diagnosticadas com câncer ginecológico

Por Amanda Krohn 13/09/2022
Por Amanda Krohn

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), cerca de 30 mil brasileiras são diagnosticadas com cânceres ginecológicos por ano, sendo mais comum o câncer do colo do útero em mulheres mais jovens e os tumores ovarianos e de corpo uterino naquelas acima de 50 anos. Ao longo do mês, a campanha Setembro em Flor alerta sobre a prevenção e conscientização dos cânceres que atingem o aparelho reprodutor feminino, composto pelo útero, ovário e endométrio. Indo além do câncer do colo do útero, doença que atinge 16.590 mulheres por ano, segundo o INCA, é fundamental também abrir os olhos para os tumores ginecológicos como um todo.

A oncologista Angélica Nogueira, do Grupo Oncoclínicas, comenta ainda que a vacinação é um fator importante e que não pode ser deixada de lado. “Mais de 90% dos casos do câncer do colo do útero estão ligados ao HPV. O câncer do colo do útero é uma das poucas neoplasias malignas que pode ser considerada uma doença amplamente evitável através da vacinação anti-HPV e/ou triagem adequada e tratamento das lesões precursoras, como preventivo de Papanicolau. No entanto, principalmente nas regiões do planeta de maior vulnerabilidade socioeconômica, milhares de mulheres morrem, desnecessariamente, vítimas da doença”

Desde 2014, a vacina contra o HPV é oferecida gratuitamente nas Unidades Básicas de Saúde no Brasil para meninas de 9 a 14 anos e também para meninos de 11 a 14 anos. “A imunização pode ajudar não só a prevenir o câncer do colo do útero, como também o de vulva, vagina, ânus, orofaringe e pênis”. Além disso, vale lembrar que a vacina também é indicada e está disponível gratuitamente para pacientes imunossuprimidos, como pacientes com câncer, HIV e transplantados (até os 45 anos de idade). “Contudo, apesar de disponível gratuitamente para as populações citadas, a cobertura vacinal no país está significativamente abaixo do necessário para entrar em um estrato compatível com a eliminação do câncer do colo do útero nas próximas décadas”, comenta a oncologista.

Como identificar

Os sinais e sintomas dos cânceres ginecológicos variam entre os subtipos, sendo sangramento vaginal e corrimentos anormais os achados mais comuns em cânceres do útero, corpo e colo. Considerado grave e silencioso, o câncer de ovário é  descoberto em 75% dos casos em estágios avançados, segundo o INCA. Contudo, alguns sintomas podem indicar que algo está errado com o corpo. Entre eles, estão:

● Sangramento vaginal anormal

● Inchaço abdominal

● Sensação de empanzinamento

● Dor pélvica ou pressão abaixo do umbigo

● Dor de estômago

● Alterações intestinais

● Dor durante a relação sexual

● Fadiga

● Vulva e vagina com feridas, alteração da cor ou bolhas

● Perda de peso sem motivo (10kg ou mais)

Quanto ao rastreamento dos cânceres ginecológicos, Angelica Nogueira comenta que o Papanicolau é uma maneira de identificar as lesões pré-malignas antecipadamente. “O Papnicolaou é um exame que pode detectar lesões pré cancerosas que, uma vez tratadas, podem não evoluir para câncer, além disso, o exame pode ajudar a diagnosticar precocemente o câncer do colo do útero e evitar que o tumor seja encontrado em estágios mais avançados, quando o tratamento é usualmente mais complexo e as chances de cura menores”.

Já nos casos de câncer de ovário e endométrio, ainda não existem bons exames de rastreamento. Em casos como esse, o médico pode solicitar exames clínicos ginecológicos, laboratoriais e também de imagem que ajudam a identificar a presença de ascite ou acúmulo de líquidos, além da extensão da doença em mulheres com suspeita de disseminação intra-abdominal. Nos casos de síndromes de câncer hereditário, programas de rastreamento específicos são montados para os membros da família portadores de mutações patogênicas. Isto é especialmente importante em cânceres ginecológicos uma vez que em 20-25% dos cânceres de ovário há mutações hereditárias; em relação ao câncer do endométrio, corpo do útero, em portadores de síndrome de Lynch, o risco vital de câncer de endométrio chega a 70%, de acordo com o American Cancer Society.

Fatores de risco

Câncer do colo do útero: infecção por HPV de alto risco, AIDS, tabagismo e constante troca de parceiros

Câncer de ovário: menarca precoce (antes dos 12 anos) ou menopausa após os 52 anos, mulheres que nunca tiveram filhos ou que possuam histórico da doença na família.

Câncer de endométrio: menarca precoce (antes dos 12 anos) ou menopausa após os 52 anos, mulheres que nunca tiveram filhos, idade acima dos 50 anos, obesidade, diabetes, ou que realizaram terapia de reposição hormonal de à base de estrogênio após a menopausa.

Prevenção

De acordo com a oncologista do Grupo Oncoclínicas, no caso do câncer do colo do útero, a prevenção deve ser realizada através do Papanicolau (a partir dos 25 anos), sendo repetido uma vez por ano por duas vezes e, se não houver alterações, uma vez a cada três anos após esse período, vacinação contra o HPV e uso de preservativos durante a relação sexual.

“No caso dos cânceres de útero e endométrio, por não existirem exames específicos de rastreamento, é fundamental praticar regularmente exercícios físicos, manter uma dieta equilibrada e, caso haja suspeita de síndrome familial de câncer, procurar um oncologista ou oncogeneticista “, comenta a especialista.

Tratamento

O tratamento adequado irá depender do subtipo da doença, estadiamento das neoplasias e também da condição clínica da paciente. “Podem ser recomendadas radioterapia, cirurgia, quimioterapia, braquiterapia, ou ainda a combinação de dois ou mais tratamentos”.

“Não podemos esquecer que quando falamos de prevenção e tratamento, é muito importante buscar por fontes de informação seguras. Na internet, por exemplo, existem diversos boatos que podem impactar de maneira negativa na saúde da população. Por isso, sempre tire as principais dúvidas com um especialista e confirme quaisquer informações recebidas pelas redes sociais antes de compartilhar ou iniciar tratamentos milagrosos. Isso pode trazer consequências graves para os pacientes oncológicos e até mesmo dificultar e agravar o quadro de saúde”, finaliza.

Foto: Divulgação | Fonte: Assessoria
13/09/2022 0 Comentários 495 Visualizações
Saúde

Oncologista aponta que cigarro eletrônico é tão prejudicial quanto o tradicional

Por Amanda Krohn 20/08/2022
Por Amanda Krohn

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o aumento do consumo de cigarro eletrônico, também conhecido como vape, tem causado debates entre a comunidade médica e científica. A preocupação diz respeito aos riscos de retrocesso nos índices de incidência de diversas doenças relacionadas ao hábito de fumar.  Isso inclui vários tipos de câncer, como é o caso do de pulmão, fígado, estômago, pâncreas, rins, ureter, cólon e reto, bexiga, ovários, colo do útero, cavidade nasal e seios paranasais, cavidade oral, faringe, laringe, esôfago e leucemia mieloide aguda.

Entre os mais jovens, o vape tem sido sensação. Justamente por vir “disfarçado”, jovens têm preferido os dispositivos e acreditam ser menos danosos à saúde. Diferente da versão convencional, os sabores e aromas agradáveis acabam mascarando e tornando os riscos invisíveis para o grupo. De acordo com uma pesquisa desenvolvida pelo Inca, o cigarro eletrônico aumenta mais de três vezes o risco de experimentação do cigarro convencional e mais de quatro vezes o risco de uso do cigarro. Além disso, o levantamento reforça ainda que o cigarro eletrônico eleva as chances de iniciar o uso do cigarro tradicional para aqueles que nunca fumaram.

A oncologista do Grupo Oncoclínicas, Dra. Mariana Laloni, compara a moda do vape com a do cigarro, que ocorreu no século XX. “Há cerca de 30 anos, o cigarro convencional era visto como sinônimo de status e isso não tem sido diferente para o cigarro eletrônico, principalmente entre os mais jovens”, comenta. “Apesar de na última década o Brasil ter diminuído 40% o número de fumantes, não devemos fechar os olhos para um problema que, mesmo tendo um outro formato, faz parte da narrativa atual”, continua.

Apesar de na última década o Brasil ter diminuído 40% o número de fumantes, não devemos fechar os olhos para um problema que, mesmo tendo um outro formato, faz parte da narrativa atual – Oncologista do Grupo Oncoclínicas, Dra. Mariana Laloni

Tabagismo aumenta incidência de câncer do pulmão

O tabagismo continua sendo o maior responsável pelo câncer de pulmão no Brasil e no mundo, além de mortes em geral. Segundo o Inca, 161.853 mil mortes poderiam ser evitadas anualmente se o tabaco fosse deixado de lado, sendo que cerca de ⅓ destes óbitos são decorrentes de algum tipo de câncer relacionado ao hábito de fumar. Apenas no Brasil, é estimado que durante o triênio 2020-2022 cerca de 30.200 casos da doença sejam descobertos a cada ano. Conforme Mariana Laloni, a maioria dos pacientes com câncer de pulmão apresenta sintomas relacionados ao próprio aparelho respiratório.

“Os sinais de alerta são tosse, falta de ar e dor no peito. Outros sintomas inespecíficos também podem surgir, entre eles perda de peso e fraqueza. Em poucos casos, cerca de 15%, o tumor é diagnosticado por acaso, quando o paciente realiza exames por outros motivos. Por isso, a atenção aos primeiros sintomas é essencial para que seja realizado o diagnóstico precoce da doença, o que contribui amplamente para o sucesso do tratamento”, diz.

Contratempos

Aproximadamente, 10% da população brasileira acima de 18 anos é tabagista. E, apesar dos avanços, o vício afeta mais de 20 milhões de pessoas no país. “Quando falamos do cigarro eletrônico, o Ibope Inteligência aponta que o problema dobrou em apenas um ano, passando de 0,3% para 0,6% da população no Brasil”, explica a oncologista. Dentro desse cenário, especialistas estimam que cerca de 600 mil pessoas fazem uso do dispositivo.

Apesar de proibidos desde 2009 pela Resolução de Diretoria Colegiada nº 46 da Anvisa, os cigarros eletrônicos atraem cada vez mais usuários. “Os vapes ou e-cigarretes passaram a ser mais socialmente aceitos em diversos ambientes, além de serem mais atrativos devido sua tecnologia. Mas, podem fazer tão mal quanto o cigarro tradicional, apesar de uma imagem distorcida. Eles possuem várias substâncias tóxicas que, quando combinadas, acabam mascarando os efeitos prejudiciais à saúde. Contudo, é importante lembrar que elas existem e podem causar enfisema pulmonar, doenças respiratórias e até mesmo câncer”, reforça Mariana Laloni.

O aditivo de aromatizantes, como mentol, chocolate, chiclete, entre outros, é usado para atrair um maior público. Quanto à fumaça liberada pelos vapes, é possível encontrar elementos que vão além da nicotina, como chumbo, propileno glicol, glicerol, acetona, sódio, alumínio, ferro, entre outros.

Apesar de proibidos desde 2009 pela Resolução de Diretoria Colegiada nº 46 da Anvisa, os cigarros eletrônicos atraem cada vez mais usuários.

Risco invisível

Além das substâncias presentes no dispositivo serem mais viciantes, algumas pesquisas sobre o tema apontam que o cigarro eletrônico, assim como o convencional, pode afetar não só o sistema respiratório, como também desregular alguns genes do organismo. O estudo realizado por um professor da USC Ahmad Besaratinia, mostrou que esse impacto ocorreu nos genes mitocondriais e chegou a interromper vias moleculares que fazem parte da imunidade e resposta inflamatória. Ou seja, os elementos que compõem os dispositivos podem futuramente desencadear doenças autoimunes e atrapalhar na recuperação de outros distúrbios do corpo.

“Na tentativa de deixar o tabagismo, é preocupante que muitos usuários ainda usem os cigarros eletrônicos. Essa apelação pode torná-los usuários duplos e fazer com que o vício ocorra em ambas as frentes. Por isso, é preciso ter muita força de vontade e saber pedir e aceitar ajuda. O fumante precisa transformar seus hábitos e estilo de vida. De duas a 12 semanas sem cigarro há a melhora da função pulmonar e da circulação, entre 1 e 9 meses a tosse e falta de ar diminuem e em 10 anos a mortalidade por câncer de pulmão chega a ser a metade da de um fumante. É possível superar o vício e apostar em uma nova vida sem o cigarro, seja ele eletrônico ou tradicional”, explica a oncologista do Grupo Oncoclínicas.

Vida nova

Para a oncologista, parar de fumar é a forma mais eficaz de prevenir o câncer de pulmão e diversos outros tumores, além de doenças cardíacas, doença pulmonar obstrutiva crônica, pneumonia, AVC (acidente vascular cerebral) e complicações severas decorrentes da contaminação pela Covid-19.

“Deixar o hábito de lado é dar uma segunda chance aos pulmões. Lá na frente, as pessoas que abandonaram esse vício irão se deparar com diversos benefícios ao organismo, como um menor risco de desenvolver vários tipos de cânceres e ainda a recuperação de sequelas adquiridas pelo tabagismo. Entretanto, antes de remediar, é fundamental que as neoplasias sejam prevenidas. Ou seja, a melhor alternativa é sempre parar de fumar e alertar a população de forma geral, principalmente os mais jovens, sobre os riscos que o cigarro tradicional e eletrônico pode causar”, finaliza Mariana Laloni.

Desafio 21 dias sem cigarro

Com foco no público jovem, o Grupo Oncoclínicas realiza ao longo deste mês nas redes sociais a campanha “Desafio 21 Dias Sem Cigarro”, voltada ao incentivo ao abandono do vício nos diferentes tipos de fumo. A cada dia, é sugerida uma nova meta a ser cumprida. As atividades procuram diminuir a sensação de ansiedade e a própria fissura física que vem com o consumo de cigarro e dispositivos eletrônicos de vape.

A mobilização destaca não só os malefícios de fumar, mas principalmente os benefícios de abandonar o vício. A exemplo disso, após 20 minutos sem consumir cigarros, a pressão sanguínea e as batidas cardíacas voltam ao normal. Passadas 8 horas, a quantidade de monóxido de carbono no sangue diminui quase pela metade, normalizando a oxigenação das células. Um dia depois, o monóxido de carbono é eliminado do corpo e os pulmões também começam a eliminar o muco e os resíduos da fumaça.

Em dois dias, não há mais nicotina no organismo. Com isso, o gosto e o olfato começam a melhorar. De 2 a 12 semanas depois, a circulação venosa (responsável pelo retorno do sangue dos tecidos para o coração) melhora e de três a nove meses depois, os problemas respiratórios e as tosse acalmam, a voz se torna mais clara e a capacidade respiratória aumenta em 10%.

21 dicas para superar o hábito de fumar

1. Ao acordar se comprometa a não fumar;

2. Anote os três maiores motivos para deixar de fumar;

3. Anote os cigarros mais difíceis de cessar e elabore uma mudança comportamental para superá-los;

4. Anote três hábitos ou gatilhos que aumentam o seu risco de fumar;

5. Faça uma pequena caminhada;

6. Beba água nos momentos de fissura;

7. Inicie ou aumente as atividades físicas;

8. Converse com um amigo;

9. Leia um texto curto;

10. Acesse um vídeo relaxante;

11. Masque uma goma ou chupe uma bala com pouco açúcar;

12. Inspire lenta e profundamente pelo nariz e expire lentamente pela boca;

13. Repita mentalmente por várias vezes – eu não me permito fumar;

14. Modifique ou evite uma rotina que aumentava o risco de fumar;

15. Evite uma situação (gatilho) que aumenta o risco de fumar;

16. Evite um hábito que aumenta o risco de fumar;

17. Anote os benefícios alcançados após alguns dias sem fumar;

18. Limpe seu carro para retirar o odor do tabaco;

19. Evite locais com fumantes;

20. Comprometa-se a abrir mão de algo que gosta muito caso volte a fumar;

21. Procure auxílio médico para apoio no processo de cessar o tabagismo.

Foto: Divulgação | Fonte: Assessoria
20/08/2022 0 Comentários 1,7K Visualizações
Saúde

Câncer de cabeça e tireoide está entre os 10 mais incidentes em homens e mulheres

Por Amanda Krohn 19/07/2022
Por Amanda Krohn

Quando se fala em câncer de cabeça e pescoço, a referência é a uma ampla e complexa região do corpo humano que pode ser afetada tanto por tumores benignos, quanto malignos. De acordo com o cirurgião de Cabeça e Pescoço Dr. Claurio Roncuni, integrante da Oncoclínicas RS, essas neoplasias podem estar presentes em diferentes pontos: na boca, na orofaringe, na laringe (pregas vocais), nos seios maxilares e nasais, nas glândulas tireoide e paratireoide, nas glândulas salivares, nos tecidos moles do pescoço e na pele (face, couro cabeludo e pescoço).

Em alguns casos, como no câncer de tireoide, o autoexame simples ajuda na detecção precoce, conforme explica a Dra. Fernanda Pruski, também da equipe da instituição. A oncologista orienta que os principais sintomas são: gânglio cervical aumentado, rouquidão, sensação de falta de ar e dificuldade em engolir. Se houver alguma alteração, um especialista deve ser procurado para uma avaliação feita por meio de exames complementares e, se for necessário, indicar o tratamento mais adequado: cirurgia, iodoterapia, quimioterapia, entre outros.

No país, o câncer de tireoide é o quinto de maior incidência no sexo feminino e o câncer de boca é o quinto tipo que mais afeta o sexo masculino, sendo o de laringe, o oitavo nesse mesmo grupo (excluindo as neoplasias de pele não melanoma em ambos os sexos). Os dados são do Instituto Nacional do Câncer (INCA).

O Dr. Roncuni informa ainda que as neoplasias de boca e laringe estão entre as dez com maior mortalidade nos homens no Brasil. “Se contarmos os tumores cutâneos não melanoma que são a grande maioria dos cânceres, sabemos que a região da cabeça e pescoço, com alta taxa de fotoexposição, corrobora para o grande número de casos. Logo, o tratamento do câncer na região cabeça e pescoço torna-se saúde pública e praticamente uma obrigação dos profissionais de saúde saber identificá-los”, alerta.

Ferida não cicatrizada

O principal câncer que surge na boca é o carcinoma epidermoide. Inicia-se como uma ferida que não cicatriza, lembrando uma afta. O principal fator de risco da condição é o tabagismo, seguido pelo etilismo, má higiene oral, próteses dentárias mal ajustadas, imunossupressão e idade avançada. “Infelizmente, esse câncer muitas vezes é de desconhecimento geral da população e até mesmo dos profissionais de saúde (médicos e dentistas), causando atraso no diagnóstico e gerando um tratamento mais agressivo com cirurgias mutilantes e radio-quimioterapia complementares”, destaca o cirurgião.

Esse carcinoma também é o principal responsável pelas neoplasias de laringe e orofaringe, também tendo forte relação com o tabagismo associado, ou não, ao etilismo. O câncer de laringe manifesta-se com rouquidão progressiva e dificuldade de engolir.

Por outro lado, o câncer de orofaringe (palato mole, amígdalas, úvula, base de língua e faringe) tem outro importante fator de risco: o HPV. Pacientes mais jovens, não tabagistas e não etilistas, são os mais suscetíveis, com predomínio no sexo masculino. “Muitas vezes, os pacientes procuram ajuda apenas quando percebem uma íngua aumentada no pescoço (metástase para o pescoço). A vacinação do HPV deve ser feita tanto em meninas quanto em meninos, uma vez que o câncer de colo de útero (terceiro em maior incidência no sexo feminino) também é causado por esse vírus”, afirma o Dr. Roncuni.

Autoexame da tireoide

Para realizar o autoexame, você vai precisar de um espelho com cabo e um copo d’água.

1. Segure o espelho procurando em seu pescoço a região abaixo do pomo de Adão (gogó). Sua tireoide está localizada nesta área;

2. Focalize esta área com o espelho estendendo a cabeça para trás para facilitar a visualização;

3. Beba um pouco d’água;

4. Ao engolir, observe em seu pescoço se existe alguma saliência ou elevação localizada. Repita este teste várias vezes, se necessário;

5. Observe se existe algum nódulo ou saliência. Ao notar alguma alteração, procure um endocrinologista para obter orientações;

Foto: Divulgação | Fonte: Assessoria
19/07/2022 0 Comentários 782 Visualizações
Saúde

Novembro azul alerta para que homens visitem regularmente um urologista

Por Gabrielle Pacheco 02/11/2020
Por Gabrielle Pacheco

Pesquisas mostram que no Brasil os homens vivem em média 7,2 anos a menos que as mulheres. Entre as principais causas de morte estão a violência, acidentes de trânsito, doenças cardiovasculares e o câncer, em especial, o câncer de próstata. Por isso o mês de novembro é dedicado à saúde do homem e à prevenção desta doença.

O movimento Novembro Azul, tem como principal objetivo desfazer o mito de que o homem tem que se mostrar forte o tempo todo e conscientizar sobre a importância de preservar sua saúde. Uma das principais formas de aumentar sua expectativa de vida é a prevenção de doenças. Isso ocorre, pois, a identificação precoce de problemas de saúde aumenta as chances de tratamentos eficazes.

Segundo o urologista Rodrigo Donaduzzi, alguns cuidados devem fazer parte da rotina dos homens. “É preciso prestar atenção no próprio corpo e ficar atento aos sinais que ele envia. O cuidado deve ser diário”, salienta Donaduzzi.

Aferir a pressão com frequência e acompanhar as taxas de colesterol e glicose, por exemplo, são importantes para identificar doenças crônicas como a hipertensão e o diabetes. “Em homens acima de 50 anos deve-se realizar anualmente o exame de toque retal e dosagem de PSA (exame de sangue) para saber se existe um câncer de próstata. Em pessoas que possuem histórico da doença na família, deve-se iniciar aos 45 anos”, ressalta Donaduzzi.

Câncer de próstata

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), no Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens (atrás apenas de alguns tipos de câncer de pele). No Brasil, estimam-se mais de 65 mil homens terão o diagnóstico de câncer de próstata em 2020. Somente no estado do Rio Grande do Sul serão mais de nove mil novos casos de câncer de próstata neste ano.

O urologista Rodrigo Donaduzzi explica que pessoas que tiveram algum familiar com câncer de próstata apresentam mais chance de também desenvolver a doença, mas mesmo aqueles sem histórico na família devem fazer os exames rotineiramente.

Donaduzzi, ainda ressalta que em fases iniciais o câncer não costuma causar sintomas nem indícios definidos, causando sintomas apenas em fases mais tardias quando a doença já está avançada não permitindo muitas vezes obter a cura.

E é justamente por estes motivos que a campanha Novembro Azul tem tamanha importância. “No câncer de próstata os tratamentos que levam a cura são possíveis quando é detectado no início da doença”, completa Donaduzzi.

Tecnologia

Uma boa notícia é que avanços recentes na tecnologia médica estão permitindo melhorar tanto o diagnóstico quanto o tratamento do câncer de próstata. Quando se observa os diferentes tipos de tratamento têm-se melhorias nas técnicas de cirurgia, radioterapia e também nos medicamentos que são usados para tratar este câncer. “Usando os recursos atuais conseguimos fazer tratamentos menos invasivos, o que torna a recuperação do paciente mais rápida e com menores efeitos indesejados”, cita o médico.

“Um exemplo de tecnologia que temos utilizado é a cirurgia robótica que é uma técnica em que o cirurgião utiliza um robô para facilitar a cirurgia quando esta é indicada, permitindo realizar procedimentos complexos com mais precisão e sem necessidade de grandes cortes”, explica Rodrigo Donaduzzi.

O mais importante é que o homem entenda a necessidade de cuidar-se e manter os exames em dia, permitindo assim, uma vida mais duradoura e com mais qualidade.

Foto: Divulgação | Fonte: Assessoria
02/11/2020 0 Comentários 582 Visualizações
Saúde

Inca estima que haverá cerca de 600 mil casos novos de câncer em 2018

Por Gabrielle Pacheco 02/02/2018
Por Gabrielle Pacheco

O Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA) e o Ministério da Saúde (MS) estimam a ocorrência de cerca de 600 mil casos novos de câncer no Brasil em 2018. As informações estão na publicação técnica Estimativa 2018 – Incidência de Câncer no Brasil, produzida pelo INCA/MS e lançada na cerimônia do Dia Mundial do Câncer, 2 de fevereiro, na sede do INCA, no Rio de Janeiro.

O número preciso da estimativa é de 582.590 casos novos de câncer: 282.450 em mulheres e 300.140 em homens. O estudo abrange o biênio 2018-2019 e as estimativas para o ano que vem são as mesmas de 2018. As estimativas do biênio 2018-2019 não podem ser comparadas às dos biênios anteriores, porque as bases de cálculo são permanentemente aperfeiçoadas.

O tipo de câncer mais incidente em ambos os sexos para cada ano do biênio 2018-2019 será o de pele não melanoma, que é um tipo de tumor menos letal, com 165.580 casos novos. Depois de pele não melanoma, os dez tipos de câncer mais incidentes no Brasil serão próstata (68.220 casos novos por ano), mama feminina (59.700), cólon e reto (mais comumente denominado câncer de intestino) (36.360), pulmão (31.270), estômago (21.290), colo do útero (16.370), cavidade oral (14.700), sistema nervoso central (11.320), leucemias (10.800) e esôfago (10.790).

O câncer engloba um conjunto de doenças, cada uma com características e fatores de risco próprios, cujo denominador comum é a reprodução desordenada de células. O câncer é uma doença multifatorial, ou seja, pode ser causada por diversos fatores.

A longevidade, urbanização, globalização e exposição aos fatores de risco ambientais e ocupacionais, bem como fatores reprodutivos e hormonais e o histórico familiar de câncer, estão entre as principais causas da doença. Mas cerca de um terço dos casos de câncer poderia ser prevenido.

Foto: Reprodução | Fonte: Assessoria
02/02/2018 0 Comentários 511 Visualizações
Saúde

Tabela SUS é impasse no combate ao câncer de colo de útero

Por Gabrielle Pacheco 17/01/2018
Por Gabrielle Pacheco

O primeiro mês do calendário alerta para o terceiro tipo de câncer mais comum entre as mulheres, o do colo de útero (ou câncer cervical). Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), a estimativa era de que em 2017 mais de 16 mil novos casos da neoplasia fossem descobertos. O rastreio dessa neoplasia é feito por meio da citologia cérvico-vaginal, popularmente conhecido como exame de Papanicolaou, realizado em mulheres a partir do momento em que se iniciam as práticas sexuais.

Assim como outros tipos de câncer, a descoberta precoce do tumor resulta em maiores chances de cura. Apesar disso o procedimento de rastreio permanece subvalorizado. Os laboratórios de anatomia-patológica, sejam próprios ou conveniados ao Sistema Único de Saúde (SUS), são os responsáveis pela análise de amostras coletadas e pela emissão do diagnóstico citológico que serve como base para a definição dos próximos passos na luta contra o câncer no sistema público.

Esses exames são pagos pelo sistema público aos laboratórios com base na tabela do SUS, que com valores defasados permite ao Estado pagar um preço abaixo da despesa total do procedimento. “O valor pago pelo SUS para o exame Papanicolaou é de apenas R$6,97. É dessa soma que deve sair o custo dos materiais de análise, de higiene, que isoladamente custam cerca de R$14, e ainda há a taxa de serviço do especialista. É por razões como essa que a Tabela do SUS precisa ser encarada como um dos principais obstáculos da saúde no Brasil”, alerta o Dr. Clóvis Klock, presidente da Sociedade Brasileira de Patologia.

Enquanto os reajustes que deveriam ser anuais não saem do papel, o exame de Papanicolaou teve, em sua última alteração em 2014, um aumento abaixo da inflação da época. Para o presidente da SBP, a remuneração inadequada resulta na diminuição de qualidade de vida das pacientes e chances de cura.

“A defasagem da tabela do SUS indica uma cadeia de procedimentos, instituições e profissionais que, ao serem remunerados inadequadamente, sentem o prejuízo e deixam de servir ao sistema público, o que não é diferente com os médicos patologistas”, finaliza o Dr. Klock.

O que a subvalorização representa em números?

No efeito dominó criado pela desatualização da tabela do SUS, ao não especificar como cada paciente deve ser tratada, são oferecidos menos tratamentos, contribuindo para que pacientes se amontoem em filas por procedimentos cirúrgicos.

Em dezembro de 2017, o Conselho Federal de Medicina (CFM) publicou um estudo realizado em 16 estados do país, apontando que há pelo menos 904 mil nomes na fila de espera por cirurgias eletivas. Mais de 130 mil desses pacientes – homens e mulheres – aguardam até 10 anos por cirurgias no aparelho geniturinário.

Fonte: Assessoria | Foto: Reprodução
17/01/2018 0 Comentários 1,7K Visualizações

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