A indústria gaúcha registrou queda de 1,9% em agosto na comparação com julho, de acordo com o Índice de Desempenho Industrial (IDI-RS), divulgado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs) nesta terça-feira (8). Segundo o presidente da entidade, Claudio Bier, o resultado reflete um movimento de acomodação após duas altas consecutivas, que sucederam a queda causada pelas enchentes de maio. No entanto, na comparação com agosto de 2023, o índice apresentou um crescimento de 1%, sendo a terceira alta anual registrada em 2024.
O resultado se explica por conta de um movimento de acomodação após as duas fortes altas consecutivas que sucederam a queda ocorrida com as enchentes de maio”, aponta Claudio Bier.
O IDI-RS é composto por seis indicadores, que apresentaram variações distintas no mês de agosto. O faturamento real recuou 5,2%, a utilização da capacidade instalada caiu 2,5 pontos percentuais e a massa salarial real teve uma retração de 0,5%. Por outro lado, as compras industriais cresceram 5,8%, as horas trabalhadas na produção aumentaram 0,6% e o emprego subiu 0,3%.
Na comparação anual, o IDI-RS cresceu 1% em agosto, mesmo com um dia útil a menos em relação ao mesmo mês de 2023. Esse resultado reduziu a queda acumulada no ano de 2%, registrada até julho, para 1,6% até agosto, em comparação com os primeiros oito meses de 2023.
De janeiro a agosto de 2024, a maioria dos indicadores permaneceu no campo negativo em relação ao mesmo período de 2023. As compras industriais caíram 5,7%, o faturamento real recuou 2,7%, as horas trabalhadas na produção diminuíram 1,9% e o emprego teve queda de 1,5%. Apenas a utilização da capacidade instalada e a massa salarial real registraram crescimento, com altas de 1,5 ponto percentual e 3,2%, respectivamente.
Entre os 16 segmentos analisados pela pesquisa, nove apresentaram queda na atividade industrial até agosto. Máquinas e equipamentos foi o setor com a maior retração, de 14%, seguido por Couros e calçados, que caiu 4%, e Alimentos, com queda de 1%. Por outro lado, Veículos automotores teve o melhor desempenho, com alta de 12,2%, seguido por Móveis, que cresceu 9%, e Metalurgia, com elevação de 13,2%.
A pesquisa completa está disponível no site do Observatório da Indústria da Fiergs, em observatoriodaindustriars.org.br.