A portaria do Ministério da Educação (MEC) que autoriza a colação de grau antecipada de alunos dos cursos de Medicina, Enfermagem, Farmácia e Fisioterapia, para atuação no combate à pandemia de coronavírus, foi recebida com compreensão e cautela pela Associação Médica do Rio Grande do Sul (Amrigs). O entendimento, segundo o presidente da entidade, Alfredo Floro Cantalice Neto, é de que a medida é necessária diante do cenário de pandemia, porém é preciso que seja feito com muito cuidado.
“Entendemos a necessidade do Ministério da Saúde, porque muitos médicos estão com trabalho desgastante, alguns contaminados ou com suspeita, ou, ainda, afastados por estarem no grupo de risco. No entanto, sabemos que a formação ideal requer a residência médica para que eles tenha essa experiência fundamental. Por isso, a atuação desses jovens deve ser feita sob supervisão médica”, afirma.
O presidente da Amrigs também reforça a importância de um treinamento adequado e uniforme em todo o país no atendimento aos pacientes infectados pela Covid-19.
“É preciso que tenhamos um alinhamento na orientação para todos que estão atuando e, também, a disposição de Equipamento de Proteção Individual (EPIs) adequados para todos”, completa Cantalice.
Publicada no Diário Oficial da União na segunda-feira, 6, a medida vale para instituições federais de ensino e servirá apenas durante a situação de emergência de saúde pública. Para antecipar a formatura, os alunos de Medicina precisam ter cumprido 75% da carga horária prevista para o período de internato médico, que equivale ao estágio curricular feito nos dois últimos anos do curso. Para os cursos de Enfermagem, Farmácia e Fisioterapia, o estágio obrigatório supervisionado é equivalente a 20% da carga horária total do curso.