A educação enquanto instrumento de libertação e transformação Na era dominada pela tecnologia em que vivemos, na qual o acesso à informação está a um clique e a poucas teclas de distância, é fácil notar um movimento da sociedade em direção a uma visão utilitarista do conhecimento: sua busca serve para satisfazer necessidades imediatas que, uma vez atendidas, são ultrapassadas e esquecidas. Nesse cenário, a figura do professor surge como contraponto, enquanto compreende que devemos ir além desse contato superficial com informações, baseado em poucos segundos de interação e mínima reflexão. Devemos (re)conhecer como o mundo e a sociedade em que vivemos funcionam, e somos capazes de fazê-lo apenas por meio do conhecimento. É muito comum que os professores, em suas aulas, sejam indagados pelos alunos: “Para que eu vou usar isso? Qual é a utilidade do que estamos aprendendo?”. Nesses momentos, os docentes encontram um de seus maiores desafios da atualidade: reconfigurar o ensino de modo que seus estudantes consigam perceber valor em todos os conteúdos apresentados. Ou seja, visualizar o conhecimento como oportunidade de crescimento individual, ao invés de uma moeda que necessita ter uma aplicação útil e imediata a fim de “gerar lucro”. Quanto à resposta para esses questionamentos, será por meio de seu crescimento, sua individualidade e sua autonomia que o aluno chegará na resolução de sua pergunta. Ao professor cabe a responsabilidade de promover um ambiente formativo de debate, criticidade e cidadania para seus estudantes. E ainda guiá-los pela aprendizagem, a fim de impulsioná-los para a independência ao pensar e agir.
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