A empresa alemã Stihl conta com uma unidade fabril em São Leopoldo há mais de 50 anos. A cidade do Vale dos Sinos é considerada o berço da imigração alemã por ter sido a primeira do país a receber os imigrantes. A chegada deles completa 200 anos nesta quinta-feira, 25 de julho. A conexão da região com a Alemanha foi justamente um dos motivos destacados pela Stihl para a instalação e o desenvolvimento da fábrica no município. Atualmente, a fábrica emprega aproximadamente 3 mil pessoas e o conhecimento do idioma alemão é considerado um diferencial.
A escolha de São Leopoldo para instalação da fábrica foi estratégica para a empresa. Além de permitir uma interação de colaboração mútua entre a organização e a comunidade local, a localização é considerada pela organização como fator essencial para o estabelecimento no país. “A origem alemã na região, oriunda dos primeiros imigrantes que chegaram em São Leopoldo na primeira metade do século XIX, foi de extrema relevância e impacto no processo de instalação da Stihl no município, em 1973. Ao longo do desenvolvimento da sociedade, o povo alemão sempre foi sinônimo de inovação e está ligado a diversas criações que transformaram o mundo. A Stihl Brasil, por ser uma empresa familiar alemã, contribuiu para disseminar esta cultura de busca por conhecimento na região, o que impactou e segue impactando diretamente na evolução do município e do estado. Atualmente, exportamos tecnologia produzida em São Leopoldo para o mundo, fato que muito orgulha a todos na organização”, destaca o presidente da Stihl, Cláudio Guenther.
O intercâmbio entre Brasil e Alemanha acontece na empresa de diversas formas, até mesmo na prática com a troca de profissionais entre as unidades da organização. Com foco na capacitação, a iniciativa “Job Rotation” proporciona aos profissionais de todas as plantas no mundo a trabalharem também na Alemanha e aos alemães de atuarem no Brasil e demais países, experiência que pode durar entre três meses e cinco anos. A empresa oferece total apoio no processo de mudança, instalação na nova cidade e também suporte em questões legais e treinamento intercultural para adaptação.
O vice-presidente de Finanças e Administração da Stihl, Cleomar Prunzel, que também é presidente da Câmara Brasil-Alemanha no Rio Grande do Sul (AHK-RS), reforça a importância da cultura e das organizações alemãs para o fortalecimento da economia e das cidades atualmente. “Vivemos até hoje a herança dos imigrantes que chegaram há 200 anos nesta região. Sob o ponto de vista empresarial, a cultura alemã, reconhecida pela assertividade, foi disseminada e contribuiu com modelos para o mercado gaúcho e brasileiro, com foco em processos, produtividade e tecnologia. O impacto das organizações alemãs no PIB estadual e brasileiro é expressivo e representativo. A realidade celebrada hoje deve-se ao trabalho realizado pelos primeiros alemães, o qual influencia resultados que podemos ver presentes até hoje”, pontua Prunzel.
Histórico
A Stihl chegou ao Brasil por volta de 1960. Na época, o cidadão alemão Karl Kurz, que morava no Rio de Janeiro, vendia motosserras da marca para alguns estados do país. Em São Leopoldo, a produção teve início em 1973 em um prédio locado no centro da cidade. A inauguração oficial da fábrica aconteceu em outubro de 1975, em uma cerimônia com a presença da família Stihl e de autoridades locais e federais. A fábrica foi instalada em uma área de 16 hectares no recém-implantado Distrito Industrial Fazenda São Borja, onde encontra-se até hoje.
Apoio a iniciativas comemorativas
A Stihl está desde o início do ano apoiando e patrocinando iniciativas comemorativas ao bicentenário. Um destes movimentos é o documentário “Brasil & Alemanha – 200 anos de história”, produzido pela Produtora Brasileira, que detalha o processo de imigração e a colonização alemã na Região Sul a ser lançado em novembro deste ano. Outro é o concurso da Expansão no Bicentenário da Imigração Alemã, concurso cultural que Outras iniciativas regionais também foram contempladas.